O Japão está a frente de uma dos maiores projetos de informática do mundo atual. Conhecido como Fugaku Next, o computador mais potente da história que está sendo planejado pelos japoneses irá superar o modelo americano, o Frontier que, atualmente, é o mais rápido e poderoso do mundo.
Se tudo der certo, o Fugaku Next poderá atingir o nível zeta de performance, alcançando uma velocidade de processamento até mil vez maior que exaFLOPS, performance atual do Frontier. Só para ter uma ideia, o futuro supercomputador japonês será capaz de executar até um sextilhão de cálculos por segundo, enquanto o Frontier realiza um quintilhão de cálculos nesse mesmo espaço de tempo.
Investimento bilionário
Para isso acontecer, o governo japonês pretende investir cerca de 750 milhões de dólares, o que representa aproximadamente 4 bilhões de reais. Em 2020, os japoneses lançaram um outro projeto de Fugaku que custou algo em torno de 1 bilhão de reais. O modelo chegou a ser o mais rápido do mundo até o ano de 2022, quando foi ultrapassado pela versão americana.
As empresas que estarão a frente do projeto ainda não foram oficializadas, mas estima-se que a Fujitsu e a Riken estejam entre as colaboradoras principais, inclusive, as mesmas empresas participaram da criação do primeiro Fugaku.
De IA ao cérebro humano
A super máquina terá um papel importantíssimo no desenvolvimento e avanço da inteligência artificial, além de ser utilizado em pesquisas nas áreas de ciências, ajudando a criar cálculos e modelos climáticos e astrofísicos, por exemplo. Isso sem falar na capacidade do super computador simular até mesmo o funcionamento do cérebro humano.
Energia e questões ambientais
Por outro lado, a máquina japonesa poderá sofrer com um impasse. Isso porque o consumo de energia elétrica para o funcionamento do super computador é gigantesco. Estima-se que seja necessária a energia de 21 usinas nucleares para que o Fugaku funcione. E toda essa energia não vai sair de graça para o meio ambiente. Por isso mesmo o Japão já estuda maneiras de atender essa demanda sem causar impactos ambientais.