A AST SpaceMobile está dando os primeiros passos rumo à operação de sua frota de satélites BlueBird, que prometem revolucionar o setor de internet via satélite ao competir diretamente com a Starlink de Elon Musk. A empresa sediada no Texas já começou a desenrolar seus satélites na órbita terrestre, com o objetivo de oferecer conectividade de alta velocidade a smartphones comuns, sem a necessidade de modificações nos aparelhos.
Na última sexta-feira, o CEO da AST SpaceMobile, Abel Avellan, compartilhou a notícia em sua conta no Twitter, acompanhado de uma imagem capturada por um dos satélites BlueBird. “O primeiro BlueBird está se preparando para operar”, declarou Avellan. O lançamento bem-sucedido de cinco satélites no mês passado marcou um avanço significativo para a empresa.
Com uma impressionante área de 700 pés quadrados, os satélites BlueBird se destacam como as maiores matrizes de comunicações comerciais em órbita baixa da Terra. Inicialmente compactados para a viagem no foguete, os satélites agora estão sendo desenrolados enquanto circulam a Terra. Esse processo é crucial para que a AST SpaceMobile possa iniciar os primeiros testes de suas capacidades de comunicação celular.
A empresa tem planos ambiciosos e conta com a parceria de gigantes como AT&T e Verizon para iniciar os testes de beta em dezembro, dependendo da aprovação regulatória. No entanto, a AST SpaceMobile ainda precisa obter uma licença completa da FCC (Federal Communications Commission) para comercializar o serviço de transmissão de dados diretamente para smartphones não modificados.
Embora a AST SpaceMobile esteja adiantada em seu cronograma, ainda há desafios à frente. Atualmente, a frota de cinco satélites BlueBird é capaz de oferecer cobertura de comunicação apenas em duas janelas de 15 minutos por dia nos Estados Unidos. Para garantir uma cobertura robusta, a empresa precisará lançar dezenas, senão centenas, de satélites adicionais.
Os próximos satélites BlueBird prometem ser ainda mais potentes. A AST já anunciou que a próxima geração será três vezes maior e terá dez vezes mais capacidade de transmissão de dados, expandindo a área de cobertura e aumentando a eficiência do serviço. No entanto, esses avanços tecnológicos não estão isentos de controvérsias.
Astrônomos expressaram preocupações de que o reflexo dos satélites BlueBird no céu noturno pode interferir nas pesquisas científicas e observações astronômicas. A poluição luminosa causada por grandes matrizes de satélites pode se tornar um problema crescente à medida que mais empresas se aventuram no espaço com constelações massivas.
Apesar dos desafios, a AST SpaceMobile continua determinada a abrir caminho no competitivo setor de comunicações via satélite. Com o crescente interesse em serviços de internet global e o aumento da demanda por conectividade em áreas remotas, a empresa se posiciona como um concorrente promissor contra a já estabelecida Starlink de Elon Musk.
Além disso, o CEO Abel Avellan destacou a importância do tamanho das antenas dos satélites BlueBird, afirmando que “tamanho importa” quando se trata de oferecer cobertura celular direta do espaço para smartphones. A tecnologia pioneira da AST SpaceMobile pode mudar drasticamente a forma como as pessoas acessam a internet em regiões remotas ou subdesenvolvidas, onde as infraestruturas tradicionais de comunicação não chegam.
Por enquanto, o mundo observa atentamente os próximos passos da AST SpaceMobile, que está em uma corrida contra o tempo para expandir sua constelação de satélites e garantir a aprovação regulatória necessária. A fase de testes beta prevista para dezembro será um marco importante para a empresa e determinará o sucesso de sua tecnologia no mercado de internet via satélite.
Com informações de: Pcmag