O Exército Brasileiro, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, lançou um manual de orientação voltado para a realização de exercícios de defesa cibernética, especialmente destinado a empresas e organizações com pouca experiência no setor. O documento, apresentado durante o Exercício Guardião Cibernético 6.0, realizado entre os dias 14 e 18 de outubro, busca guiar diversos setores na prática de simulações de segurança digital.
Segundo o General de Divisão Alan Denilson Lima Costa, comandante do Comando de Defesa Cibernética (ComDCiber), o manual representa um passo estratégico do Exército na proteção da infraestrutura crítica e na preservação da soberania nacional em um ambiente de crescentes ameaças digitais. Em suas palavras: “No cenário atual de constantes evoluções tecnológicas e ameaças cibernéticas cada vez mais sofisticadas, o Brasil tem se posicionado de maneira proativa na defesa de seus interesses no espaço digital”, afirmando ainda que o Exército está “pronto para enfrentar os desafios do domínio cibernético, sempre a serviço da nação”.
O Exercício Guardião Cibernético é o maior do hemisfério sul e reuniu especialistas de agências de defesa cibernética e empresas para simulações que envolvem “jogos de guerra” e defesa de redes virtuais. O evento é uma plataforma para testar a capacidade de resposta a ataques simulados, promovendo a troca de conhecimento e o desenvolvimento de novas técnicas de proteção digital.
O manual recém-lançado traz uma visão abrangente dos processos envolvidos em um exercício de cibersegurança, desde o planejamento até a execução de simulações de ataques. Costa destacou a importância do documento: “Este manual não apenas fortalece as nossas capacidades internas de defesa cibernética, mas também serve como um recurso valioso para toda a sociedade brasileira”, frisando que a segurança digital é “uma responsabilidade compartilhada”.
Para o Exército, a parceria com a FGV reflete um esforço de longo prazo para consolidar o Brasil como referência em defesa digital na América Latina. “O manual é um testemunho do compromisso do Exército Brasileiro com a excelência na defesa cibernética e da importância das parcerias entre instituições militares, acadêmicas e do setor privado”, concluiu o General, apontando que o esforço conjunto é essencial para proteger o Brasil no espaço digital.
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