A Marinha do Brasil mobilizou 250 fuzileiros navais e oito blindados para patrulhar o entorno do Hospital Marcílio Dias, na Zona Norte do Rio de Janeiro, após a trágica morte da Capitã de Mar e Guerra Gisele Mendes de Souza e Mello, atingida por uma bala perdida dentro da unidade hospitalar. Assista ao vídeo publicado no canal Factual RJ sobre a operação dos Fuzileiros Navais na região.

A operação de segurança, iniciada na terça-feira, busca garantir a integridade da área e tem como base jurídica o decreto-lei 41, de 1941, que autoriza o patrulhamento militar em um raio de 1320 metros ao redor de instalações militares.
De acordo com o Comandante do Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais, Capitão de Mar e Guerra Dirlei Donizete, o patrulhamento é uma “ação de presença” realizada em coordenação com as polícias Militar e Civil.
“Estamos aqui para garantir a segurança do perímetro do hospital naval, com base em parecer jurídico que assegura o direito de exercer essa proteção”, afirmou o comandante.
Apesar da operação ostensiva, a Marinha descarta qualquer entrada em comunidades, destacando que tal medida dependeria de um decreto presidencial de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
O disparo que atingiu a médica teria partido da Comunidade Nossa Senhora da Guia, também conhecida como Morro do Gambá, segundo laudo pericial. Na ocasião, a polícia realizava uma operação na área e foi recebida a tiros por criminosos.
A Marinha informou que a operação de patrulhamento não tem data prevista para ser encerrada, reiterando que os militares agirão em casos de flagrante, em estrita colaboração com as forças de segurança pública.