Segundo a CNN, a administração Biden anunciou seu pacote final de ajuda militar destinado à Ucrânia, somando aproximadamente U$ 500 milhões. Este montante generoso reflete um comprometimento contínuo dos Estados Unidos em apoiar a defesa ucraniana contra os desafios militares impostos pela guerra com a Rússia. Espera-se que o secretário de Defesa, Lloyd Austin, detalhasse os componentes desta assistência na mais recente reunião do Grupo de Contato de Defesa da Ucrânia, realizada na Base Aérea de Ramstein, na Alemanha.
Buscando fortalecer a Ucrânia antes de potenciais negociações de paz, a Casa Branca também se prepara para anunciar uma nova série de sanções contra a Rússia. Esta medida visa intensificar a pressão econômica sobre Moscou, condicionando futuras negociações com Zelensky. Com a iminente posse de Donald Trump, existe a expectativa de que o contexto político possa modificar a natureza destas sanções, mas as atuais visam apresentar à Ucrânia uma vantagem estratégica substancial.
Composição do pacote
O auxílio de segurança anunciado inclui mísseis de defesa aérea, munições ar-solo e outros equipamentos críticos para a operação de caças F-16 pela Ucrânia. Este pacote é um exemplo do uso da Autoridade de Retirada Presidencial (PDA), possibilitando uma resposta ágil e adaptada às necessidades específicas do campo de batalha. Oficiais americanos ressaltam que há estabilidade nos estoques de munição.
Embora Joe Biden iria encontrar-se com o presidente Zelensky em Roma para discutir futuras colaborações e alinhar estratégias, este compromisso foi cancelado devido aos incêndios florestais na Califórnia. Este encontro seria necessário para reforçar os laços diplomáticos entre os dois países e coordenar esforços futuros no cenário internacional às vésperas do terceiro aniversário da invasão russa.
Impacto das sanções na Rússia
A economia russa enfrenta uma desgastante combinação de inflação e juros em alta, frutos das sanções ocidentais. As medidas restritivas desempenham papel importante em limitar as capacidades econômicas de longo prazo do Kremlin, destacando a dependência crítica entre sanções e diplomacia. A próxima administração americana irá herdar a responsabilidade de dar continuidade ou reformular tais sanções, dependendo do enfoque estratégico desejado.
O apoio estratégico dos EUA à Ucrânia, totalizando mais de U$ 65 bilhões desde o início da guerra, visa preparar Kiev para possíveis negociações com Moscou ainda no início de 2025. Com a transição do poder nos EUA, como será a abordagem diplomática de Donald Trump e sua equipe poderá definir o caminho para a resolução desse conflito perdurante. Enquanto ambos os lados buscam uma solução, estas ajudas continuam a garantir à Ucrânia uma posição mais favorável na mesa de negociações.