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China, com desejos de dominar o mundo, propõe ao Brasil modernizar a FAB em troca do acesso ao Centro de Lançamento de Alcântara, um trunfo estratégico para expandir suas atividades na América Latina

A proposta da China para fornecer caças Chengdu J-10 ao Brasil envolve o Ministério da Defesa na avaliação de equipamentos militares para modernizar a FAB e fortalecer a defesa nacional

por Thaís Souza
10/01/2025
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De acordo com informações publicadas pela Veja em 4 de janeiro de 2025, a China apresentou ao governo brasileiro uma proposta intrigante: um lote de caças Chengdu J-10. Entretanto, as discussões com as autoridades militares brasileiras não avançaram. Essa falta de progresso se deve a restrições orçamentárias e à decisão de priorizar o programa dos caças Saab Gripen. Funcionários do Ministério da Defesa observaram que a China frequentemente oferece equipamentos militares ao Brasil, mas limitações financeiras frequentemente impedem a concretização dessas ofertas.

A proposta da China incluía a doação potencial de caças Chengdu J-10 em troca de acesso ao Centro de Lançamento de Alcântara, localizado no Maranhão. Esse centro é um importante local para lançamentos de satélites. A mídia brasileira também destacou uma proposta renovada que visava o Chengdu J-10 como um caça multifunção, sugerido para preencher a lacuna operacional entre os Super Tucano e os Gripen da Força Aérea Brasileira (FAB). Apesar da atratividade da proposta, que incluía a doação de unidades J-10, o Brasil a rejeitou, citando restrições financeiras e prioridades estratégicas.

Analistas alertaram que conceder acesso chinês a Alcântara poderia complicar as parcerias de defesa existentes do Brasil. A posição do Ministério da Defesa reflete suas limitações orçamentárias e sua atenção às alianças já estabelecidas.

Proposta da China: jatos de combate J-10 CE em troca de acesso ao Centro de Alcântara

A China propôs fornecer jatos de combate J-10 CE ao Brasil em troca do acesso ao Centro de Lançamento de Alcântara. Este local, devido à sua proximidade com o equador, permite lançamentos espaciais eficientes, especialmente para órbitas geossíncronas. Portanto, tal acesso poderia melhorar as capacidades de lançamento de satélites da China e expandir suas atividades na América Latina. A oferta dos jatos J-10 CE foi percebida como um incentivo para ajudar na modernização da força aérea brasileira, ao mesmo tempo que proporcionaria à China uma posição estratégica valiosa.

China, com desejos de dominar o mundo, propõe ao Brasil modernizar a FAB em troca do acesso ao Centro de Lançamento de Alcântara, um trunfo estratégico para expandir suas atividades na América Latina

A aposentadoria dos caças Northrop F-5 leva Brasil a considerar o HAL Tejas como substituto

O Brasil está em processo de substituir sua frota envelhecida de caças Northrop F-5, que operam na FAB desde a década de 1970. A frota F-5 foi adquirida em diferentes lotes: 42 unidades em 1973, 26 unidades em 1988 e 11 unidades de segunda mão da Jordânia em 2000. Entre 2005 e 2020, esforços de modernização conseguiram estender a vida operacional dessa frota. Contudo, espera-se que o F-5 seja aposentado após 2030, levando a FAB a explorar opções para complementar seus caças Gripen NG com flexibilidade, mantendo de dois a três tipos de caças.

Em setembro de 2024, o Brasil e a Índia discutiram o HAL Tejas como um potencial candidato para a substituição dos caças. O Tenente-Brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno se reuniu com autoridades de defesa indianas, como o Marechal-Chefe do Ar VR Chaudhari. O Tejas, uma aeronave multifunção que voou pela primeira vez em 2001 e entrou em serviço em 2016, possui variantes modernas, como o Mk1A e o Mk2. Damasceno ressaltou que os regulamentos brasileiros exigem a manutenção de dois ou três tipos de caças, e o Tejas poderia ser uma opção viável após a aposentadoria do F-5.

Parcerias e Contratos

No âmbito do programa F-X2, o Brasil assinou um contrato de US$ 4,25 bilhões com a Saab em 2013 para adquirir 36 caças Gripen NG. Este programa visa substituir a frota F-5 e inclui transferência de tecnologia, com a Embraer envolvida na produção de equipamentos militares. Apesar dos atrasos, até o final de 2023, nove Gripens estavam operacionais na Base Aérea de Anápolis. Há planos para reativar o Esquadrão Pacau para operações ar-solo, permitindo que o 1º Grupo de Defesa Aérea se concentre em missões de defesa aérea.

Desafios para a FAB

O design do Gripen, que inclui uma configuração de asa delta e canard, é alimentado pelo motor turbofan GE F414-GE-39E e pode atingir velocidades de Mach 2. Ele é equipado para múltiplas funções, incluindo combate ar-ar e reconhecimento, com um alcance de combate de 1.500 quilômetros. O contínuo fortalecimento da FAB requer atenção especial para que o Brasil mantenha sua capacidade de defesa e seus compromissos com sua estratégia de segurança nacional enquanto considera propostas de modernização, como as da China, que incluem equipamentos militares avançados.

Chegando à fase final da modernização, o Ministério da Defesa deve tomar decisões sobre quais equipamentos militares serão prioritários. As propostas da China, incluindo os caças Chengdu J-10, serão analisadas cuidadosamente, buscando garantir que as futuras aquisições sejam compatíveis com as necessidades da FAB. A presença de novos caças na frota da FAB poderia ampliar a capacidade de engajamento em missões internacionais, solidificando a imagem do Brasil como um player significativo na geopolítica da região.

Lançado em 2004, o Chengdu J-10 Vigorous Dragon é uma aeronave de combate multifunção monomotora com asa delta e layout canard que foi desenvolvida em diversas variantes, incluindo o J-10A, J-10B e J-10C.

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