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China se torna a primeira em tecnologia hipersônica e desbanca os EUA, que investem bilhões de dólares

por Alisson Ficher Publicado em 10/01/2025
China se torna a primeira em tecnologia hipersônica e desbanca os EUA, que investem bilhões de dólares

A corrida por armas hipersônicas está transformando o equilíbrio de poder global. A China desponta como líder absoluta, superando a Rússia e deixando os Estados Unidos em alerta, mesmo após um investimento de US$ 12 bilhões que ainda não rendeu sistemas operacionais. Com velocidades superiores a cinco vezes a do som, essa tecnologia desafia os limites da defesa moderna e coloca o mundo diante de uma nova era de inovação e ameaças estratégicas.

A velocidade extrema, combinada com manobras imprevisíveis, torna os sistemas de interceptação existentes quase obsoletos, dificultando a defesa contra ataques dessa natureza. Neste contexto, a China tem demonstrado avanços notáveis, superando inclusive a Rússia, que também investe pesadamente nessa tecnologia.

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China consolida liderança com o arsenal hipersônico mais avançado do mundo

O analista sênior de inteligência de defesa dos EUA, Jeffery McCormick, em declaração ao Congresso, destacou que a China possui o “arsenal hipersônico líder mundial”. Ele atribuiu esse feito a duas décadas de esforços concentrados, nos quais Pequim investiu massivamente no desenvolvimento de tecnologias armadas convencionais e nucleares.

Pequim se solidifica sua liderança em tecnologia hipersônica

O resultado desses investimentos foi o avanço significativo na criação, teste e implantação de sistemas hipersônicos, que hoje colocam o país em vantagem estratégica no cenário global.

McCormick ressaltou que a China combinou pesquisa científica com uma abordagem disciplinada de desenvolvimento, focando na integração de suas capacidades militares. Pequim avançou na tecnologia hipersônica e conseguiu aplicá-la de forma prática, fortalecendo suas defesas e ampliando seu poder de dissuasão.

Competição global acirrada entre China, EUA e Rússia

Enquanto a China se destaca, a Rússia mantém sua posição como uma das principais potências na corrida hipersônica. No entanto, os avanços chineses já superaram os russos em alcance e eficiência. Essa evolução reflete uma estratégia clara de Pequim para consolidar seu papel como líder global e enfrentar as ameaças geopolíticas de potências ocidentais.

Os Estados Unidos enfrentam desafios significativos. Apesar do alto investimento de US$ 12 bilhões, o país ainda não conseguiu colocar em operação nenhuma arma hipersônica, expondo uma desvantagem preocupante em relação a seus concorrentes. Especialistas alertam que, caso não recuperem o atraso, os EUA poderão enfrentar sérias dificuldades em conter ameaças emergentes.

Alisson Ficher

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