A guerra entre a Rússia e a Ucrânia continua a devastar vidas, com mais de 12 mil civis mortos desde o início do conflito. Este número, segundo a ONU, reflete o trágico custo humano de uma guerra que se prolonga por quase três anos. As vítimas, muitas vezes esquecidas nas estatísticas, são lembradas em cifras que chocam, mas que não capturam completamente a perda e o sofrimento diário das comunidades atingidas.
Os ataques russos, cada vez mais frequentes e letais, utilizam drones, mísseis de longo alcance e bombas planadoras. Este arsenal moderno não apenas aumenta o número de mortos, mas também gera um clima de terror constante entre os civis. Entre setembro e novembro de 2024, a ONU registrou um aumento de 30% nas mortes de civis em comparação com o mesmo período do ano anterior, destacando o impacto direto desses novos métodos de guerra.
A vice-chefe de direitos humanos da ONU, Nada Al-Nashif, expressou profunda preocupação com as violações contínuas dos direitos humanos. “Esses exemplos de violações cada vez mais graves da lei internacional de direitos humanos podem representar crimes de guerra”, afirmou em uma reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra. Este aumento no uso de drones e armas sofisticadas, segundo ela, acentua a necessidade de uma resposta internacional mais firme.
Acusações mútuas
Enquanto a ONU tenta chamar a atenção para a situação desesperadora na Ucrânia, a resposta internacional permanece dividida. O delegado russo, Evgeniy Ustinov, classificou o relatório da ONU como tendencioso, acusando-o de encobrir crimes cometidos por Kiev. Moscou, desde o início da guerra em fevereiro de 2022, nega veementemente qualquer intenção de atingir civis, embora as evidências em campo sugiram o contrário.
A embaixadora da Ucrânia, Yevhenia Filipenko, não hesitou em condenar as ações russas como “calculadas, cruéis e projetadas para infligir o máximo de dor e destruição”. Estas palavras ecoam o sentimento de muitos ucranianos que vivem sob constante ameaça, tentando proteger suas famílias em meio ao caos.
O drama dos civis em meio à guerra
A situação dos civis na Ucrânia é uma crise humanitária em plena evolução. Com mais de 650 crianças entre as vítimas, a realidade para muitos é de medo e incerteza. As famílias enfrentam deslocamentos forçados, escassez de alimentos e medicamentos, e a destruição de suas casas e infraestruturas.
A ONU continua a pressionar por negociações de paz, mas o caminho para a resolução parece distante. Enquanto isso, organizações humanitárias trabalham incansavelmente para fornecer assistência imediata, mas os desafios são imensos e os recursos, muitas vezes, insuficientes.
A guerra na Ucrânia não é apenas uma disputa territorial; é uma tragédia humana que clama por atenção e ação global. A comunidade internacional precisa unir esforços para pressionar por uma solução pacífica e garantir que os responsáveis por crimes de guerra sejam levados à justiça. Enquanto isso, o mundo não pode esquecer os rostos e as histórias das vítimas civis, que representam o verdadeiro custo deste conflito devastador.