RSM - Revista Sociedade Militar
  • AO VIVO
  • Página Inicial
  • Últimas Notícias
  • Forças Armadas
  • Defesa e Segurança
  • Setores Estratégicos
  • Concursos e Cursos
  • Gente e Cultura
RSM - Revista Sociedade Militar
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Início Defesa e Segurança Geopolítica

Imagens mostram Megainstalação secreta de fusão nuclear na China, superando tecnologia dos EUA e podendo impulsionar armas atômicas avançadas sem testes explosivos proibidos por tratados internacionais

Imagens de satélite revelam que a China está construindo um centro de pesquisa de fusão nuclear 50% maior que o dos EUA, levantando preocupações sobre avanços militares e novas fontes de energia limpa

por Alves
29/01/2025
A A

A China está construindo um centro de pesquisa de fusão nuclear de grande escala na cidade de Mianyang, no sudoeste do país, revelam imagens de satélite analisadas por especialistas. A informação foi divulgada pela Reuters com base em análises do pesquisador Decker Eveleth, do CNA Corp., e do James Martin Center for Nonproliferation Studies (CNS). O projeto pode ter implicações tanto na pesquisa de energia limpa quanto no desenvolvimento de armas nucleares mais avançadas sem a necessidade de testes explosivos.

As imagens mostram que a instalação segue um layout semelhante ao do National Ignition Facility (NIF), nos Estados Unidos, que em 2022 conseguiu alcançar o chamado “equilíbrio científico”, quando a fusão gerou mais energia do que a quantidade injetada pelos lasers. Segundo Eveleth, o experimento central da instalação chinesa será 50% maior que o do NIF, tornando-se a maior do mundo no setor.

O novo centro de pesquisa é chamado de Laser Fusion Major Device Laboratory, segundo documentos de construção obtidos pela Reuters. A estrutura inclui quatro braços externos, onde ficarão os lasers de alta potência, e uma câmara experimental no centro, onde os lasers irão aquecer e comprimir isótopos de hidrogênio para provocar reações de fusão nuclear.

Pesquisa pode ter uso militar e energético

A fusão nuclear gerada por laser permite estudar reações que poderiam ser utilizadas para criar uma fonte de energia limpa, mas também possibilita simulações avançadas para o desenvolvimento de armas nucleares. De acordo com William Alberque, analista de política nuclear do Henry L. Stimson Center, qualquer país com uma instalação como essa pode aprimorar seus arsenais sem a necessidade de testes explosivos, que são proibidos pelo Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares.

Embora os Estados Unidos tenham realizado 1.054 testes nucleares ao longo da história, a China fez apenas 45, o que significa que sua base de dados para experimentos é menor. Segundo Siegfried Hecker, ex-diretor do Laboratório Nacional de Los Alamos, nos EUA, países com menos experiência em testes nucleares podem ter dificuldades em obter resultados confiáveis apenas com simulações.

O Ministério das Relações Exteriores da China foi questionado sobre o projeto, mas encaminhou a resposta para as “autoridades competentes”. O Ministério da Ciência e Tecnologia chinês não comentou o assunto, e o Escritório do Diretor de Inteligência Nacional dos Estados Unidos também se recusou a se pronunciar.

Instalação chinesa supera tecnologia americana

O NIF, nos Estados Unidos, custou cerca de US$ 3,5 bilhões e é atualmente a maior instalação de fusão nuclear do mundo. No entanto, os especialistas indicam que o projeto chinês pode superá-lo em escala e potência. Segundo Omar Hurricane, cientista-chefe do programa de fusão do Lawrence Livermore National Laboratory, um centro como esse precisa de alta energia para atingir a ignição da fusão nuclear.

Ainda assim, Hurricane afirmou que instalações menores podem alcançar resultados semelhantes, devido ao avanço da tecnologia. “Hoje, é possível construir um centro com energia igual ou superior à do NIF em uma área menor”, disse ele. No entanto, ele alerta que existe um limite para a miniaturização desses experimentos.

A fusão nuclear é considerada o “Santo Graal” da energia limpa, pois pode gerar grandes quantidades de eletricidade sem resíduos radioativos de longa duração. No entanto, o avanço da China nessa área levanta preocupações sobre possíveis aplicações militares, principalmente diante da rivalidade geopolítica com os Estados Unidos.

Expansão chinesa levanta preocupações globais

As imagens de satélite confirmam que a China vem expandindo suas instalações de pesquisa nuclear desde pelo menos 2010. Em novembro de 2020, o ex-enviado de controle de armas dos EUA, Marshall Billingslea, divulgou imagens que já indicavam novos centros de pesquisa em Mianyang, o que pode ter sido o início da construção da nova instalação de fusão nuclear.

Além da China, países como França, Reino Unido e Rússia também possuem instalações similares. Contudo, o rápido crescimento da capacidade chinesa desperta atenção especial, pois pode alterar o equilíbrio militar global.

Embora a existência de centros de fusão nuclear não seja alarmante por si só, Hurricane ressalta que a ciência pode ser usada para fins diferentes. “É difícil impedir o progresso científico. A questão é para que ele será utilizado”, concluiu.

Ver Comentários

Artigos recentes

  • Concurso TCU 2025: 60 vagas autorizadas para ensino médio e superior, com salários de até R$ 37 mil 10/05/2025
  • Nova moto barata da Honda é registrada no Brasil e promete chegar ao mercado por R$ 8 mil, injeção eletrônica, 10 anos de garantia e fazendo o impressionante 55 km/l 10/05/2025
  • Oficial médica é expulsa do Exército: STM, rigoroso, declarada indignidade para ser militar 10/05/2025
  • Concurso do Exército abre vagas para profissionais de saúde, técnicos e religiosos — com salários e aposentadoria integral 10/05/2025
  • Enquanto a Marinha, o Exército e a Aeronáutica reverenciavam os heróis brasileiros da FEB com cerimônias militares, Lula ‘marcha’ com Putin e Maduro em Moscou 09/05/2025
  • O território do Brasil que pode ser controlado pelos EUA — Segundo portal de notícias, tratados da Segunda Guerra justificariam o ato 09/05/2025
  • Tecnologia da Força Aérea promete tornar Gripen brasileiro um dos caças mais avançados do mundo: uma lenda indetectável, capaz de confundir os radares dos inimigos com alvos fantasmas 09/05/2025
  • Enem 2025 já tem data marcada! Veja quando se inscrever e o que esperar das provas 09/05/2025
  • Bruxas da Noite: a saga das pilotos soviéticas que aterrorizavam nazistas em biplanos de lona 09/05/2025
  • A incrível Guerra aos Emus: quando a Austrália lutou contra aves… e perdeu! 09/05/2025
  • Sobre nós
  • Contato
  • Anuncie
  • Política de Privacidade e Cookies
- Informações sobre artigos, denúncias, e erros: WhatsApp 21 96455 7653 não atendemos ligação.(Só whatsapp / texto) - Contato comercial/publicidade/urgências: 21 98106 2723 e [email protected]
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Conteúdo Membros
  • Últimas Notícias
  • Forças Armadas
  • Concursos e Cursos
  • Defesa e Segurança
  • Setores Estratégicos
  • Gente e Cultura
  • Autores
    • Editor / Robson
    • JB REIS
    • Jefferson
    • Raquel D´Ornellas
    • Rafael Cavacchini
    • Anna Munhoz
    • Campos
    • Sérvulo Pimentel
    • Noel Budeguer
    • Rodrigues
    • Colaboradores
  • Sobre nós
  • Anuncie
  • Contato
  • Entrar

Revista Sociedade Militar, todos os direitos reservados.