No domingo, 3 de julho de 2022, a Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou uma aeronave de pequeno porte que entrou no espaço aéreo brasileiro sem autorização, na região de Mato Grosso do Sul. A operação, parte da “Operação Ostium” destinada a coibir ilícitos transfronteiriços, contou com a participação de duas aeronaves de defesa aérea A-29 Super Tucano.
Interceptação e procedimentos da Força Aérea Brasileira
Os pilotos da FAB seguiram os protocolos de policiamento do espaço aéreo, tentando contato com o piloto da aeronave suspeita, sem sucesso. Diante da ausência de resposta, a aeronave foi classificada como suspeita, conforme o Decreto 5.144, de 16 de julho de 2004. Foi então ordenada a mudança de rota e o pouso obrigatório em aeródromo específico, ordens que não foram obedecidas pelo piloto. Após a realização de tiros de aviso e, posteriormente, de detenção, a aeronave fez um pouso forçado no estado de São Paulo, entre as cidades de Jales e Pontalinda.
Apreensão de drogas
Após o pouso forçado da aeronave interceptada, a Polícia Federal rapidamente assumiu o controle da situação em solo, dando início a uma operação de inspeção e coleta de provas. Embora os ocupantes do avião tenham conseguido fugir antes da chegada das autoridades, a análise preliminar revelou um carregamento expressivo de drogas ilícitas.
No interior da aeronave, foram encontrados aproximadamente 663 quilos de pasta base de cocaína, um volume significativo que evidencia o envolvimento do voo clandestino com o tráfico internacional de entorpecentes. Essa quantidade de droga, em sua forma pura, poderia ser processada e distribuída, atingindo um alto valor no mercado ilegal, tanto nacional quanto internacional.
Operação Ostium, uma iniciativa conjunta da Força Aérea Brasileira e da Polícia Federal
A Operação Ostium é uma iniciativa conjunta da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Polícia Federal (PF), criada para fortalecer a vigilância e combater crimes transfronteiriços, como o tráfico de drogas e armas, além de atividades ilícitas associadas ao contrabando. Lançada em 2017, a operação se consolidou como uma das principais estratégias de defesa e segurança nas regiões de fronteira do Brasil, cobrindo vastas áreas vulneráveis a ações criminosas.
A principal missão da Operação Ostium é monitorar e controlar o espaço aéreo brasileiro, especialmente em áreas de fronteira, utilizando tecnologia de ponta e aeronaves modernas, como os caças A-29 Super Tucano, responsáveis pela rápida interceptação de voos suspeitos. Esses aviões são equipados com sistemas avançados de rastreamento e comunicação, permitindo respostas imediatas em situações de risco.
Além disso, a operação conta com radares fixos e móveis, que fornecem cobertura detalhada do tráfego aéreo. A integração com órgãos de segurança pública, como a Polícia Federal e as Polícias Militares Estaduais, também é fundamental para as ações em solo, ampliando o alcance e a eficácia das operações.
