O reabastecimento em voo (ReVo) é um procedimento militar que permite a transferência de combustível de uma aeronave para outra enquanto ambas estão em voo. Essa manobra é crucial para aumentar a autonomia das aeronaves, permitindo que permaneçam no ar por mais tempo e estendam o alcance de suas missões. O reabastecimento pode ser realizado por aviões-tanque, que são projetados especificamente para essa função, embora alguns modelos de aeronaves existentes possam ser adaptados para realizar essa tarefa.
Uma das vantagens do ReVo está em permitir que aeronaves, como caças e bombardeiros, voem por períodos mais longos sem a necessidade de pousar para reabastecimento. Isso é especialmente útil em missões que exigem grande tempo de permanência no ar, garantindo aumento de autonomia.
A possibilidade de reabastecer em voo, possibilita às aeronaves decolar com menos combustível, permitindo o transporte de cargas adicionais, como armamentos ou pessoal, sem exceder o peso máximo de decolagem.
Além disso, o reabastecimento em voo durante conflitos, como nas guerras do Iraque, propicia mais eficiência nas operações militares. Nessa oportunidade, por exemplo, o REVO foi amplamente utilizado para garantir que as forças aéreas pudessem realizar suas missões sem interrupções significativas.
Na prática, como funciona manobra REVO?
O reabastecimento em voo (REVO) é uma manobra crítica para estender o alcance da aviação de caça. Durante essa operação dos caças A-1AM da Força Aérea Brasileira (FAB), o observador tem papel vital na segurança e sucesso da missão.
Responsável por supervisionar a conexão entre o avião-tanque e o caça, o observador monitora a posição da aeronave receptora, a estabilidade da mangueira e o cesto de reabastecimento, além de se comunicar com as tripulações para corrigir desvios e evitar riscos. O processo de reabastecimento em voo envolve várias etapas:
- Formação: a aeronave receptora deve posicionar-se em formação com o avião-tanque, geralmente a cerca de 50 pés (aproximadamente 17 metros) abaixo dele.
- Conexão: o piloto da aeronave receptora move-se para a posição de contato, onde a sonda de reabastecimento se conecta à cesta do tanque.
- Transferência: uma vez conectadas, as válvulas se trancam e o combustível flui do tanque para a aeronave receptora. A operação requer precisão e coordenação entre as tripulações.
Inovações recentes e desdobramentos
Historicamente o a manobra de reabastecimento em voo foi desenvolvido para atender às demandas das operações militares, onde a capacidade de manter aeronaves no ar por mais tempo é crítica. Isso é particularmente relevante em países com grandes dimensões territoriais, como o Brasil, onde a extensão do alcance das aeronaves pode ser vital para missões de defesa e reconhecimento
Recentemente houve avanços notáveis na automação do reabastecimento em voo. A Airbus, por exemplo, está desenvolvendo sistemas que permitem que um avião-tanque realize o reabastecimento sem intervenção humana, aumentando a segurança e eficiência do processo.
Além disso, um teste inovador realizado pela Força Aérea dos EUA envolveu um avião-tanque recebendo combustível de um cargueiro C-5M Super Galaxy, demonstrando novas possibilidades para operações aéreas.
O reabastecimento em voo é uma manobra técnica essencialmente da aviação militar moderna, proporcionando maior flexibilidade e capacidade operacional às forças aéreas. Com inovações contínuas e a possibilidade de automação, o futuro do REVO promete ainda mais eficiência nas operações aéreas.