A Marinha dos Estados Unidos acaba de dar um passo gigante na defesa marítima global com a incorporação do revolucionário submarino USS New Jersey (SSN 796). Equipado com tecnologia militar de ponta, um design inovador e preparado para integrar tripulações mistas, ele representa o futuro da supremacia naval americana. Mais do que um submarino, o New Jersey é uma verdadeira fortaleza submersa, pronta para enfrentar os desafios do século XXI e redefinir a estratégia marítima em tempos de incertezas globais.
Este novo submarino representa o quinto modelo do bloco IV da classe Virgínia e carrega a distinção de ser o primeiro da frota adaptado para integrar homens e mulheres em sua tripulação.
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A Jornada do USS New Jersey: tecnologia, inovação
O anúncio de sua construção foi feito em 2015, pelo ex-secretário da Marinha, Ray Mabus. A quilha foi autenticada em março de 2019, e o submarino foi batizado em novembro de 2021 no estaleiro Newport News Shipbuilding, com entrega concluída em abril de 2023.
Pesando 7.800 toneladas, o USS New Jersey possui 115 metros de comprimento e 10 metros de largura, sendo capaz de operar submerso a velocidades superiores a 25 nós. O sistema de propulsão nuclear elimina a necessidade de reabastecimento durante toda a vida útil da embarcação, o que reduz os custos e maximiza o tempo de operação. Com uma tripulação composta por cerca de 135 marinheiros, o submarino é fruto de uma parceria estratégica entre General Dynamics Electric Boat e HII Newport News Shipbuilding.
Marinha dos EUA moderniza submarinos da classe virgínia
Os submarinos da classe Virgínia são um pilar estratégico das operações navais dos EUA. Projetados para atender a cinco das seis principais estratégias marítimas – controle marítimo, projeção de poder, presença avançada, segurança marítima e dissuasão – esses submarinos representam o que há de mais avançado em tecnologia militar. Entre suas capacidades, destacam-se o lançamento de mísseis Tomahawk, suporte a operações especiais e execução de missões de inteligência, vigilância e reconhecimento em cenários de crise regional.
O USS New Jersey incorpora avanços únicos que refletem a modernização da frota naval. Modificações no design incluem mais portas, banheiros separados e áreas de convivência exclusivas para atender a crescente presença de mulheres na força submarina. Ajustes ergonômicos, como válvulas mais acessíveis e degraus adicionais nas camas, também foram implementados. Esses detalhes são cruciais para acomodar as 730 mulheres que atualmente servem em submarinos operacionais. Com uma meta ambiciosa de integrar tripulações mistas em todas as classes de submarinos até 2033, a Marinha está moldando um futuro mais inclusivo.
Desafios orçamentários não abalam a Marinha dos EUA e os submarinos da classe virgínia
Apesar de suas capacidades impressionantes, o programa da classe Virgínia enfrenta desafios financeiros significativos. O orçamento de 2025 prevê a construção de apenas um submarino, reduzindo a meta inicial de dois por ano. Além disso, a taxa de entrega de submarinos tem sido, em média, de apenas 1,2 unidades anuais.
Esse cenário reflete uma mudança estratégica, com maior ênfase em tecnologias emergentes, como sistemas não tripulados, para atender às prioridades imediatas. A década de 2020 foi definida como década de preocupação, especialmente devido à possibilidade de uma invasão de Taiwan pela China antes de 2030.
Mesmo com cortes orçamentários e desafios logísticos, os submarinos da classe Virgínia continuam sendo essenciais para garantir a superioridade submarina dos EUA. Com uma frota naval que deverá atingir 66 unidades até 2043 e previsão de operação até a década de 2070.