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Os porta-aviões americanos conseguirão sobreviver à ameaça dos mísseis hipersônicos Oreshnik?

Oreshnik: o míssil russo que pode derrubar a hegemonia naval dos EUA. Com capacidade de saturação e ogivas múltiplas, esse armamento expõe fragilidades dos porta-aviões, tornando-os vulneráveis como nunca antes. Entenda o impacto dessa nova arma letal

por Noel Budeguer
09/02/2025
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O míssil balístico hipersônico russo Oreshnik continua a abalar a comunidade militar, que segue analisando a ameaça que representa. Naturalmente, surgiu a questão: este míssil russo pode representar uma ameaça séria para os porta-aviões americanos? Desde sua aparição, a própria existência dos porta-aviões deixou de fazer sentido?

Os porta-aviões são elementos-chave na estratégia naval moderna, pois fornecem plataformas móveis para projetar poder muito além das fronteiras nacionais. Suas principais missões incluem manter a superioridade aérea, atacar alvos terrestres e marítimos, coletar informações e coordenar operações militares.

A capacidade dos porta-aviões de implantar um arsenal diversificado de caças, bombardeiros e aviões de reconhecimento os torna indispensáveis em operações em áreas de acesso restrito ou sem infraestrutura disponível para aeronaves terrestres.

Além disso, desempenham um papel central em operações de ajuda humanitária, evacuação e demonstração de poder, atuando como símbolos de influência nacional em águas internacionais.

🇷🇺🚀Russia successfully test-fired cutting-edge #Oreshnik missile on November 21, striking a Ukrainian military facility in Dnepropetrovsk. None of the currently-available Western missile defense systems are capable of intercepting Russia’s Oreshnik, according to experts.

12/13 pic.twitter.com/ISBe5FvW86

— Sputnik India (@Sputnik_India) January 2, 2025

Por outro lado, os porta-aviões são plataformas complexas e caras que exigem recursos significativos para sua manutenção, proteção e logística. Frequentemente, dependem de navios de combate e submarinos que os acompanham para garantir sua segurança em zonas de alto risco vulneráveis a ataques inimigos, incluindo ataques com mísseis e ameaças submarinas.

Com o desenvolvimento de novas tecnologias de armas, como mísseis hipersônicos e sistemas submarinos autônomos, sua vulnerabilidade está aumentando, o que gera dúvidas sobre sua eficácia em possíveis conflitos de alta intensidade.

O míssil russo Oreshnik, um míssil hipersônico equipado com múltiplas ogivas [MIRV], atraiu recentemente atenção significativa após um ataque a uma fábrica ucraniana em Dnipro.

Esse evento reabriu a questão da eficácia e da utilidade futura dos porta-aviões tradicionais na guerra moderna, especialmente quando enfrentam tecnologias de mísseis cada vez mais avançadas.

O míssil hipersônico Oreshnik, com sua capacidade de transportar múltiplas ogivas, tem o potencial de criar um efeito de saturação, ou seja, várias ogivas podem ser disparadas simultaneamente contra um alvo dentro de uma área ampla.

Essa tática é particularmente perigosa para alvos estrategicamente importantes, como os porta-aviões, que, mesmo com modernos sistemas de defesa antimísseis, teriam dificuldades para se defender de um ataque desse tipo.

Apesar de seu alto nível de proteção, os porta-aviões dependem de um número limitado de sistemas de armas para se defender de ataques. O problema surge quando vários mísseis atingem simultaneamente o navio.

Cada míssil individual pode ser interceptado pelos sistemas de defesa existentes, como o “CIWS” [Close-In Weapon System] ou os mísseis de defesa antimísseis. No entanto, quando há saturação das defesas, ou seja, quando o número de ameaças recebidas excede a capacidade de resposta, um porta-aviões se torna vulnerável.

Oreshnik, com suas numerosas ogivas, poderia sobrecarregar as defesas do navio, causando danos significativos a componentes e sistemas essenciais.

Mesmo que nem todos os mísseis consigam atingir o porta-aviões, o ataque poderia causar danos graves. Por exemplo, os sistemas de navegação, os sistemas de comunicação ou os conveses de aviação, que são cruciais para as operações do navio, poderiam ficar total ou parcialmente inoperantes.

Se o Oreshnik danificasse mesmo uma parte das funções principais do porta-aviões, ele seria forçado a se retirar para reparos, o que enfraqueceria sua eficácia em combate e o retiraria do estado operacional.

Isso faz com que o uso tático de mísseis com efeito de saturação seja extremamente perigoso, pois um único ataque bem-sucedido poderia ter consequências significativas para o porta-aviões e sua tripulação.

O objetivo do Oreshnik pode ser neutralizar o porta-aviões sem destruí-lo completamente. Um ataque ao convés, onde estão estacionadas as aeronaves, poderia impossibilitar seu uso, reduzindo a capacidade do navio de cumprir suas missões principais.

Se o míssil atingisse áreas de armazenamento vitais utilizadas para suprimentos e munições, poderia causar sérias dificuldades logísticas, forçando o navio a se retirar devido à escassez de suprimentos.

No caso de um ataque nuclear, mesmo com o uso de uma ogiva menor, a radiação e os efeitos térmicos poderiam causar danos irreparáveis, deixando o porta-aviões fora de serviço por um longo período.

Em última instância, os mísseis hipersônicos equipados com ogivas nucleares poderiam neutralizar plataformas estrategicamente importantes, forçando essas unidades militares a se retirarem e se recuperarem longe das linhas de frente.

O aspecto do custo relativo complica significativamente os argumentos a favor de uma maior produção de porta-aviões, especialmente quando comparados aos mísseis hipersônicos emergentes, como o Oreshnik.

Os porta-aviões estão entre as plataformas militares mais caras do mundo, com um custo de produção aproximado de 10 bilhões de dólares para as classes mais modernas, como as classes “Nimitz” ou “Ford” da Marinha dos EUA. Esses navios exigem não apenas enormes investimentos iniciais, mas também custos contínuos de manutenção, reparos, tripulações, combustível e armamento.

A vida útil média de um porta-aviões é de cerca de 50 anos, mas, durante esse tempo, ele será submetido a inúmeras reformas, atualizações e exigirá uma logística dispendiosa.

The Ukrainian security service is keeping secret all information about the attack of the Russian "Oreshnik" rocket on the facility in Dnipropetrovsk, and the West is in shock to learn that Russia possesses such a weapon
– Vladimir Rogov pic.twitter.com/uD7lDV8Uhp

— Sprinter Observer (@SprinterObserve) November 23, 2024

Ao mesmo tempo, os mísseis hipersônicos do tipo Oreshnik representam um investimento significativamente menor em comparação com os aviões e equipamentos que acompanham um porta-aviões.

Segundo diversas fontes, o custo de produção de um míssil Oreshnik é comparável ao do míssil balístico intercontinental russo Yars, cujo custo em 2011 era de cerca de 30 milhões de dólares. Nas condições atuais, com a inflação e os avanços tecnológicos, o custo do míssil Oreshnik poderia atingir cerca de 40,3 milhões de dólares em 2023.

Esse é um preço significativamente mais baixo no contexto do alto custo dos porta-aviões, e, ao mesmo tempo, um míssil desse tipo pode causar sérios danos a alvos estrategicamente importantes, neutralizando a capacidade de combate de navios de alto valor, como os porta-aviões, sem a necessidade de sua destruição completa.

Essa disparidade de custos coloca em xeque a justificativa financeira do investimento em porta-aviões, especialmente no contexto da evolução tecnológica das armas. Os mísseis hipersônicos não são apenas significativamente mais baratos, mas também oferecem uma eficácia excepcional contra alvos de alto valor.

A limitação de recursos em escala global também se aprofunda, à medida que as nações devem equilibrar os métodos tradicionais de poder naval com armas emergentes, cada vez mais eficazes e econômicas.

Nesse contexto, mísseis como o Oreshnik oferecem uma vantagem estratégica para nações que não possuem orçamentos militares tão grandes, pois podem cumprir quase a mesma função de projeção de força que plataformas de combate maiores e mais caras.

Além disso, os mísseis hipersônicos oferecem uma vantagem significativa na eficácia dos ataques contra alvos marítimos, utilizando novas tecnologias que permitem atingir os objetivos em velocidades que tornam a defesa quase impossível.

Alguns estrategistas militares apontam que, dado o valor relativo dos mísseis hipersônicos em comparação com os porta-aviões e sua vulnerabilidade, o futuro das grandes plataformas navais pode estar em dúvida.

A produção de mísseis como o Oreshnik pode ser considerada uma alternativa mais eficaz e econômica, tornando desnecessários porta-aviões extremamente caros e de manutenção intensiva.

A capacidade de lançar rapidamente mísseis hipersônicos e seus efeitos destrutivos levantam novos questionamentos sobre o futuro das forças navais tradicionais, podendo levar a uma reavaliação de seu papel no cenário geopolítico atual e futuro.

Embora seja difícil prever um combate hipotético, a história mostra que armas teoricamente imbatíveis podem ser superadas. O Oreshnik pode representar o maior desafio para os sistemas militares modernos, e os porta-aviões, antes considerados invulneráveis, estão mais vulneráveis hoje do que nunca.

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