O governo dos Estados Unidos teria orientado as Forças Armadas do país a fortalecerem sua presença no Panamá e a desenvolverem um plano estratégico para o Canal do Panamá. A medida teria como objetivo “retomar” o controle da estrutura, segundo informações divulgadas pela rede norte-americana NSBC News nesta quinta-feira (13).
A decisão ocorre poucos dias após o presidente Donald Trump afirmar, durante um discurso no Congresso dos EUA, que o canal deveria ser recuperado pelo país:
“O Canal do Panamá foi construído pelos americanos para os americanos, não para os outros. Mas outros poderiam usá-lo. Mas foi construído a um custo enorme em sangue e riqueza americanos: 38 mil trabalhadores morreram na construção do Canal do Panamá […] Nós o demos ao Panamá e vamos pegá-lo de volta”, disse Trump.
A informação foi divulgada pelo portal Metrópoles, que citou que as fontes deram declarações sob condição de anonimato. Conforme os relatos, estariam sendo elaborados planos para uma cooperação com as forças panamenhas, mas há também a possibilidade – ainda que considerada pouco provável – de uma tomada à força da estrutura.
Autoridades norte-americanas não detalharam quais são as estratégias em andamento para o canal, mas confirmaram que há iniciativas sendo estudadas. O comandante do Comando Sul dos EUA, almirante Holsey, deve visitar o local nesta semana, e o secretário de Defesa, Pete Hegseth, também deve ir ao Panamá ainda neste mês.
A movimentação ocorre em meio a acusações dos EUA de que a China estaria interferindo no controle do canal. Tanto o governo chinês quanto as autoridades panamenhas negam qualquer tipo de ingerência externa na administração da via, cuja neutralidade é garantida pela Constituição do Panamá.