O caça Gripen E, desenvolvido pela sueca SAAB em parceria com a brasileira Embraer, avança de forma inédita no mercado internacional após anos restrito apenas a Brasil e Suécia. Em um cenário de desconfiança em relação à política externa dos Estados Unidos, países como Colômbia, Peru, República Tcheca e agora Portugal passaram a considerar o modelo sueco-brasileiro como alternativa viável ao F-35 norte-americano, elevando o perfil da indústria de defesa do Brasil também com plataformas como o KC-390 e o A-29 Super Tucano.
A virada mais emblemática até agora foi protagonizada pela Colômbia, que anunciou a compra inicial de uma esquadrilha do Gripen após avaliar modelos como o Rafale e o F-16. Já o Peru deu início a conversas avançadas com a SAAB e Embraer, com interesse voltado à operação em pistas não convencionais e menor dependência política. Na Europa, a República Tcheca sinalizou intenção de estender o uso dos Gripens já arrendados, além de considerar a ampliação do número de aeronaves em operação.
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O caso mais recente envolve Portugal, que descartou a compra do F-35 citando altos custos e limitações operacionais. Segundo fontes ligadas ao Ministério da Defesa português, o país vê no Gripen uma solução mais estratégica e econômica, o que pode desencadear um efeito dominó entre outras nações da OTAN. A arquitetura aberta, capacidade de operar em pistas improvisadas e manutenção mais barata são pontos destacados por analistas.
Combinando engenharia sueca e tecnologia brasileira, o Gripen E, junto ao cargueiro militar KC-390 e ao A-29 Super Tucano, fortalece a imagem do Brasil como parceiro estratégico no setor de defesa global. O consórcio já gerou empregos de alto valor agregado e impulsiona a base industrial brasileira em um mercado tradicionalmente dominado por gigantes ocidentais.
A informação foi divulgada pelo canal Militarizando o Mundo, especializado em análises sobre defesa, segurança e política internacional.