Em um avanço significativo para a defesa naval do Brasil, a Marinha do Brasil iniciou oficialmente o processo de construção do Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear (SCPN). A cerimônia simbólica do Corte da Primeira Chapa da Seção de Qualificação do submarino ocorreu no Complexo Naval de Itaguaí, marcando um marco crucial no desenvolvimento naval do país.
O evento, organizado pela Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, foi presidido pelo Almirante de Esquadra Petronio Augusto Siqueira de Aguiar.
A cerimônia contou com a presença de autoridades civis e militares, bem como representantes do setor nuclear, acadêmico e empresarial. Durante o evento, o Contra-Almirante (EN) Marcio Ximenes Virgínio da Silva esclareceu a importância da Seção de Qualificação, destacando que, embora não faça parte do submarino final, é crucial para a homologação do processo construtivo. Esta seção permitirá avaliar a capacidade do Brasil, única no hemisfério sul, de construir um submarino com propulsão nuclear.
O SCPN é o pilar do Programa de Desenvolvimento de Submarinos e representa uma das iniciativas estratégicas mais ambiciosas da Marinha. O programa não apenas capacita o Brasil a projetar e construir submarinos avançados, mas também promove a transferência de tecnologia, a nacionalização de equipamentos e a capacitação de pessoal. Atualmente, o projeto emprega cerca de 1.500 trabalhadores, com potencial para gerar até 24.000 empregos diretos e 40.000 indiretos no futuro.
Renaud Poyet, presidente da Itaguaí Construções Navais (ICN), expressou seu orgulho em fazer parte deste projeto monumental. Ele enfatizou que o Brasil está elevando sua tecnologia naval ao nível de potências globais como França, Estados Unidos, China, Inglaterra e Rússia. Com a Marinha do Brasil no comando deste submarino avançado, o país estará bem equipado para proteger seu vasto litoral.
Concluindo a cerimônia, o Almirante Petronio ressaltou o salto tecnológico que o programa representa para o Brasil, afirmando que o país está “navegando rumo à conquista de um sonho”, o Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear. Este submarino é visto como uma aspiração legítima para um país determinado a garantir sua soberania e proteger suas riquezas e seu povo.
Fonte: Agência Marinha de Notícias