No último 9 de janeiro, terça-feira, o Almirante de Esquadra André Luiz Silva Lima de Santana Mendes assumiu oficialmente o cargo de Chefe do Estado-Maior da Armada. Em um apelo significativo, Silva Lima solicitou o apoio dos “formadores de opinião” para angariar maior financiamento para a Marinha.
Em seu discurso de posse, o Almirante Lima disse que a Marinha precisa de um orçamento regular e suficiente para se manter preparada para enfrentar as ameaças atuais.
Para que a marinha se constitua “uma força moderna, aprestada e motivada, com alto grau de independência tecnológica”.

“Contamos com o apoio de todos os formadores de opinião para que, juntos, possamos sensibilizar os responsáveis pelo orçamento quanto à necessidade de uma dotação orçamentária regular e suficiente para a Marinha do Brasil“, afirmou o Almirante Lima.
O pedido do novo chefe do Estado-Maior da Armada vem em um momento em que a Força enfrenta dificuldades para conseguir recursos. Em 2023, a Marinha recebeu um orçamento de R$ 15,6 bilhões, o que representou uma redução de 2,5% em relação a 2022.
O apelo para angariar mais recursos para a Marinha vem se repetindo ultimamente, resultado dos cortes orçamentários que as Forças Armadas têm sofrido nos últimos anos. Como informado aqui na Revista Sociedade Militar, em outubro de 2023, o Comandante da Marinha, Almirante Marcos Sampaio Olsen, disse que a Marinha deixou de receber R$ 3,3 bilhões para a manutenção de seus investimentos nos últimos cinco anos e, agora, coleciona 43 embarcações à beira do fim da vida útil.
O Almirante Olsen também destacou que 88% do que a Marinha recebe é custeio de pessoal. “Em termos de governança orçamentário-financeira, é assim que está distribuído o orçamento da Força: 88% do orçamento hoje é de despesas obrigatórias, compostas de pagamento de pessoal, assistência médico-odontológica, movimentação em diária, ajuda de custo, auxílio-fardamento…”, disse.
Diante desse cenário, o novo Chefe do Estado-Maior da Armada pede a ajuda dos formadores de opinião para sensibilizar os responsáveis pelo orçamento (congresso e governo federal) a aumentar os recursos da Força.
Fonte: Marinha