Hezbollah planejou ataques ao Brasil e arrecada fundos em São Paulo para financiar operações no Oriente Médio, revela presidente da StandWihtUs Brasil
O cientista político André Lajst, presidente da StandWithUs Brasil, fez uma revelação alarmante durante uma entrevista ao canal do divulgador científico Sérgio Sacani. Lajst afirmou que o grupo terrorista Hezbollah, financiado pelo Irã, realizou uma reunião para decidir se atacaria o Brasil, mais precisamente as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. A decisão final, porém, foi direcionar o ataque para a Argentina, onde ocorreram os atentados à Embaixada de Israel (1992) e à Associação Mutual Israelita Argentina (Amia, 1994).
Segundo Lajst, “antes deles decidirem atacar Buenos Aires, eles tiveram uma reunião para decidir se era Buenos Aires ou se era o Brasil, Rio de Janeiro-São Paulo, mas tomaram a decisão de ser a Argentina, por algum motivo.”
O conflito chega perto
A revelação de Lajst acende um alerta sobre o envolvimento do Brasil nos conflitos do Oriente Médio. Em outro momento ele diz que o Hezbollah possui células no Brasil, inclusive com atuação em São Paulo, onde o grupo arrecada fundos para financiar suas operações. “O Hezbollah tem célula na Inglaterra, o Hezbollah tem célula na Turquia, tem arrecadação de dinheiro no Brasil, tem a tríplice fronteira (Brasil, Argentina e Paraguai), tem gente aqui em São Paulo.”
Essa presença reforça a influência da organização no país, ainda que seus objetivos principais estejam concentrados no Oriente Médio.
O poder do Hezbollah
O Hezbollah é considerado o grupo terrorista mais bem financiado e armado do mundo, com um orçamento anual de 1 bilhão de dólares, fornecido principalmente pelo Irã. Com cerca de 80 mil combatentes, o grupo atua predominantemente no Líbano, mas mantém células em outros países, inclusive no Brasil. Sua influência global tem características diferentes da Al-Qaeda, que realiza ataques internacionais por meio de células. No caso do Hezbollah, o foco é a resistência contra Israel e seus aliados na região.
Outras ameaças do Oriente Médio
Além do Hezbollah, outros grupos como o Hamas e a Jihad Islâmica também desempenham papéis centrais nos conflitos com Israel. O Hamas, com 40 mil combatentes e um financiamento anual de 200 milhões de dólares, controla a Faixa de Gaza. A Jihad Islâmica, com 10 mil combatentes e 80 milhões de dólares anuais, também é financiada pelo Irã, assim como o Hezbollah. Ambos os grupos são conhecidos por ataques contra civis israelenses, diferenciando-se da Al-Qaeda, que tem uma estratégia de jihad global.
Essa proximidade acende o alerta para as autoridades brasileiras sobre a presença de células e arrecadações de fundos no país, e como essas estruturas podem ser usadas para futuros ataques.