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Gripen vira o caça mais desejado da OTAN e coloca o F-35 dos EUA em segundo plano

Antes subestimado, o Gripen conquista espaço estratégico entre países da OTAN e mostra que custo, flexibilidade e independência tecnológica são mais valiosos do que poder político

por Rafaela Fabris
29/04/2025
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Se alguém dissesse há dez anos que o Gripen um dia disputaria espaço com o F-35, o caça mais caro e influente do mundo, provavelmente seria chamado de sonhador. Mas a realidade é que o Gripen Vira o Caça Mais Desejado justamente porque desafia o status quo militar com inteligência, versatilidade e uma proposta econômica impossível de ignorar.

Durante anos, o Gripen foi visto como coadjuvante. Ignorado em vitrines internacionais, preterido por países com laços fortes com os Estados Unidos, e colocado como uma alternativa “menor” diante de modelos como o F-16, o Rafale e o Eurofighter. Mas isso mudou radicalmente após uma decisão inesperada da Colômbia. Em uma disputa com gigantes da indústria bélica, o país sul-americano escolheu o Gripen com base em análises técnicas, não em pressões diplomáticas. A vitória sobre o F-16 e o Rafale colocou os holofotes sobre a Saab e a Embraer e o jogo começou a virar.

Gripen vira o caça mais desejado entre países estratégicos

Depois da Colômbia, outros países começaram a reavaliar suas opções de defesa aérea. O Peru intensificou conversas com a Saab, buscando um caça que operasse bem em pistas improvisadas nos Andes, com baixo custo operacional e alta eficiência. A República Tcheca, que já opera o Gripen em leasing, sinalizou interesse em renovar e expandir o contrato. O motivo é simples: flexibilidade, confiabilidade e adaptação ao cenário moderno de guerra.

Mas o maior impacto até agora veio da Europa Ocidental. Portugal, historicamente alinhado aos EUA, vinha sofrendo pressão para integrar o programa F-35. No entanto, fatores como custo altíssimo, exigências logísticas complexas e cláusulas políticas empurraram o país a olhar para outro lado. Agora, Lisboa negocia diretamente com a Saab e a Embraer, podendo se tornar o primeiro país da região a operar o Gripen, o que pode desencadear um verdadeiro efeito dominó dentro da própria OTAN.

Por que o Gripen incomoda tanto os EUA

O F-35 é um caça de quinta geração poderoso, mas com ele vem um pacote geopolítico pesado. Cada venda envolve alinhamento político, restrições operacionais, dependência de peças e manutenção nos EUA, além de um custo de operação que beira o absurdo. E é exatamente aí que o Gripen incomoda.

Mais leve, mais barato e com manutenção descomplicada, o Gripen pode ser operado por equipes menores, decolar de rodovias ou pistas de terra, e ainda ser reabastecido em poucos minutos. Tudo isso sem a necessidade de infraestrutura altamente especializada. O Gripen Vira o Caça Mais Desejado porque representa liberdade, algo raro no atual xadrez global de defesa.

Brasil ganha protagonismo com participação no projeto

Por trás dessa virada está também o Brasil. A parceria com a Saab vai além da compra: a Embraer é co-desenvolvedora da versão Gripen EF. Isso significa que o país participa ativamente da engenharia, da produção e da integração dos sistemas da aeronave.

Além de fabricar componentes como asas, aviônicos e sistemas de missão, o Brasil lidera parte da montagem final em solo nacional. E mais do que isso: está formando uma geração de engenheiros, técnicos e profissionais capacitados para atuar no setor de defesa de alta tecnologia. Essa transferência de conhecimento coloca o Brasil em uma posição inédita no cenário aeroespacial militar.

Gripen EF: tecnologia, adaptabilidade e independência operacional

A versão Gripen EF não é um caça qualquer. Com radar AESA, suíte de guerra eletrônica de última geração, comunicação segura e sistema modular totalmente digital, o jato está preparado para os combates modernos, inclusive em ambientes de guerra eletrônica intensa. Em muitos testes, o Gripen superou até mesmo os sensores do F-35.

Sua arquitetura permite atualizações constantes sem a necessidade de enviar a aeronave de volta à fábrica, como ocorre com seus concorrentes. Em tempo de conflitos assimétricos, drones kamikazes e ataques cibernéticos, a capacidade de resposta rápida faz toda a diferença. O Gripen pode operar em qualquer ambiente, seja nas selvas, nos desertos, em montanhas ou regiões costeiras. É o reflexo da doutrina sueca da Guerra Fria, adaptada aos desafios do século XXI.

Uma nova ordem na aviação militar?

A ascensão do Gripen no cenário internacional não é apenas uma boa notícia para a Saab e a Embraer, é um sinal claro de que o mundo está mudando. Países querem soberania, autonomia tecnológica e liberdade de operação. E o Gripen entrega exatamente isso.

Enquanto os EUA tentam conter seu avanço com restrições tecnológicas, o Gripen continua atraindo novos interessados. Se o Brasil souber aproveitar o momento, pode se tornar não apenas um polo de produção e exportação, mas também protagonista no desenvolvimento de novas plataformas autônomas, como drones de combate e até futuros caças stealth nacionais.

No fim das contas, o Gripen Vira o Caça Mais Desejado porque combina inteligência sueca com talento brasileiro. Um símbolo de uma nova era na aviação militar, mais acessível, mais flexível e, acima de tudo, mais independente.

 

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