China identifica maior ameaça nuclear americana: não são os caças do futuro, mas o bombardeiro B-52H, uma relíquia da Guerra Fria com 70 anos.
Mesmo com caças e bombardeiros futuristas em ação, a China aponta o veterano B-52H dos EUA como a maior ameaça nuclear, revelando os paradoxos da guerra moderna e os segredos da dissuasão aérea global.
Em meio à corrida tecnológica por supremacia aérea, com caças furtivos de última geração e bombardeiros invisíveis, uma descoberta recente surpreendeu analistas militares: a maior ameaça nuclear dos Estados Unidos à China não é um avião moderno, mas sim uma lenda da Guerra Fria.
Esse temor foi revelado em um estudo detalhado da Academia de Alerta Antecipado da Força Aérea do Exército de Libertação Popular da China (PLA), que aponta o velho bombardeiro B-52H Stratofortress como a arma mais perigosa dos EUA, mesmo após mais de sete décadas em serviço.
A constatação, feita com base em simulações reais de ataque e defesa, evidencia uma nova perspectiva sobre o equilíbrio de poder no campo da dissuasão nuclear global.
O monstro de 70 anos que desafia o futuro
Em março de 2025, os Estados Unidos anunciaram com grande destaque o caça F-47, sucessor planejado do F-22 Raptor.
Essa nova aeronave, considerada tecnologicamente superior, foi projetada para garantir a supremacia aérea dos EUA diante de qualquer adversário, inclusive a China.
Mas enquanto o Ocidente comemora seus novos projetos, os chineses mantêm seus olhos voltados para o passado — mais precisamente para os B-52H, que continuam em operação ativa com uma capacidade devastadora.
O estudo chinês, segundo informações do portal ”Xalaka Brasil”, revela que o B-52H superou até mesmo o F-35A e o bombardeiro furtivo B-2 Spirit em simulações de ataque nuclear.
Capacidade de destruição e sobrevivência estratégica
O relatório explica que o B-52H ainda é considerado extremamente perigoso por sua capacidade de transportar até quatro bombas nucleares táticas B61-12, com rendimento de 300 toneladas de TNT.
Além disso, o avião continua sendo constantemente modernizado, recebendo novos sistemas de radar, sensores e capacidades de guerra eletrônica que o tornam compatível com os padrões modernos.
Mesmo com sua aparência antiquada, o bombardeiro continua sendo um dos mais robustos da frota aérea dos EUA, com impressionante alcance operacional e versatilidade de missões.
Segundo o estudo, em um cenário de ataque nuclear limitado, o B-52H se tornaria o vetor mais valioso para os EUA, graças à sua robustez, poder de carga e capacidade de sobreviver em ambientes hostis.
Reforço no arsenal nuclear dos veteranos
Para reforçar a relevância desses bombardeiros, o relatório cita ainda uma moção recente do Congresso norte-americano que visa restaurar a capacidade nuclear de cerca de 30 aeronaves B-52H.
Isso sinaliza que Washington está não apenas mantendo essas aeronaves ativas, mas também as fortalecendo para cenários de conflito nuclear real.
Com isso, o B-52H se torna um símbolo de poder militar persistente, atravessando décadas como um pilar estratégico para os Estados Unidos.
Como a China planeja reagir a essa ameaça
O estudo não se limitou à identificação da ameaça.
Os especialistas chineses também propuseram uma série de medidas defensivas concretas, incluindo o reforço da vigilância aérea e interceptação ao longo de rotas críticas.
Além disso, enfatizam a necessidade de aperfeiçoar a inteligência militar para distinguir entre ataques convencionais e nucleares — uma tarefa cada vez mais difícil diante da chamada “dupla função” de muitas aeronaves americanas.
Para ameaças furtivas como o F-35A ou o B-2, a recomendação chinesa é o uso intensivo de guerra eletrônica e ciberataques, capazes de desestabilizar sistemas de navegação e comunicação.
Outras ameaças classificadas e a surpresa com os veteranos
Na lista de ameaças elaborada pelo Exército Popular de Libertação, aeronaves como o E-3 Sentry são vistas como alvos prioritários, dada sua função de alerta antecipado essencial em combates modernos.
Já aeronaves como o C-17 e o B-1B foram consideradas de menor importância, por possuírem tecnologia ultrapassada ou funções de transporte e apoio.
Curiosamente, a liderança do B-52H na lista de ameaças destaca uma reviravolta estratégica, onde o mais antigo da frota é, paradoxalmente, o mais letal.
Tecnologia de radar e dissuasão de longo alcance
A análise também mostra que a tecnologia furtiva não torna as aeronaves completamente invisíveis, e que os sistemas chineses podem detectar aviões como o B-2 e o F-22 a cerca de 400 km de distância, graças às suas seções transversais de radar de apenas 0,1 m².
Essa precisão técnica ganha importância diante do avanço chinês em mísseis hipersônicos, que podem atingir alvos a mais de 1.000 km, como parte de sua estratégia de negação de acesso (A2/AD).
Essas capacidades são aplicadas principalmente a áreas estratégicas, como o Mar do Sul da China e Taiwan, onde o risco de escalada militar tem aumentado.
A sombra do apocalipse sobre Taiwan
O relatório chinês ganha ainda mais relevância à luz dos recentes alertas do ex-subsecretário de Defesa dos EUA, James Anderson.
Ele afirmou que uma crise militar envolvendo Taiwan inevitavelmente traria à tona ameaças nucleares, diretas ou implícitas, mesmo que a China mantenha sua doutrina de “não primeiro uso” de armas nucleares.
Nesse contexto, a presença do B-52H nas operações norte-americanas simboliza um poder latente, pronto para ser ativado caso o conflito atinja níveis extremos.