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FAB, Exército e Marinha se preparam para cenários de catástrofe invisível: Forças Armadas realizam exercícios estratégicos de evacuação diante de desastres nucleares e biológicos

Em meio a um cenário global de ameaças invisíveis, as Forças Armadas do Brasil intensificam seus treinamentos conjuntos para agir em crises envolvendo contaminações químicas, biológicas, nucleares e radiológicas, com foco em resgates médicos de alta complexidade.

por Alisson Ficher
22/05/2025
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Em uma base militar isolada no coração da Amazônia, militares brasileiros vivenciaram um dos treinamentos mais intensos e realistas já realizados no país.

Durante duas semanas de maio de 2025, Força Aérea, Exército e Marinha simularam operações de resgate em meio a explosões nucleares, nuvens químicas e ameaças biológicas invisíveis, em um cenário onde cada segundo poderia significar a diferença entre a vida e a morte.

O exercício, que envolveu mais de 100 militares altamente treinados, focou em evacuação aeromédica em ambientes de contaminação nuclear, biológica, química e radiológica (NBQR).

O evento, chamado de Exercício Operacional de Evacuação Aeromédica com foco em Defesa Biológica, Nuclear, Química e Radiológica (EXOP EVAM DBNQR), ocorreu na Base Aérea de Manaus, entre os dias 5 e 16 de maio de 2025.

Missões simuladas de alto risco

Segundo informações do portal ”Aeroin‘‘, o principal objetivo do treinamento foi preparar tripulações e equipes de saúde para missões conjuntas de resgate aéreo em situações extremas, como acidentes com materiais tóxicos, ataques terroristas ou cenários de guerra não convencional.

Aeronaves como o KC-390 Millennium, C-105 Amazonas, C-97 Brasília, C-98 Caravan e o helicóptero H-60 Black Hawk foram utilizadas em operações simuladas de pousos forçados, transporte de feridos e procedimentos de descontaminação em áreas hostis.

As atividades foram especialmente projetadas para simular ambientes complexos, como florestas densas, comunidades isoladas e regiões afetadas por desastres de grande escala, onde o acesso terrestre é limitado ou inexistente.

Além da atuação conjunta entre as três Forças Armadas, o exercício destacou a importância da interoperabilidade entre aviação militar e serviços de saúde operacional.

Capacitação e integração entre militares

De acordo com o Comandante da Base Aérea de Manaus e Diretor do Exercício, Coronel Aviador Wankley Lima de Oliveira, o EXOP EVAM DBNQR é vital para a prontidão estratégica das tropas brasileiras.

“O treinamento promoveu a integração de meios, pessoas e doutrinas, elevando o nível de preparo das tropas envolvidas em operações de alta complexidade“, afirmou o oficial.

A sinergia entre Exército, Marinha e Aeronáutica permitiu que os recursos disponíveis fossem otimizados, garantindo maior eficiência e segurança durante as simulações.

Outro destaque foi a atuação dos profissionais de saúde da Aeronáutica.

Segundo o Coronel Médico Dalton Muniz Santos, Chefe da Divisão BNQR da Diretoria de Saúde da FAB, a preparação médica especializada foi um dos pilares do exercício.

“A participação dos profissionais de saúde da FAB em situações simuladas de contaminação e atendimento aeromédico mostrou o alto nível de capacitação e adaptabilidade das nossas equipes“, disse o coronel.

Um Brasil preparado para crises extremas

Diante de um cenário internacional cada vez mais instável, com tensões geopolíticas envolvendo armas nucleares, terrorismo biológico e desastres ambientais, a preparação das Forças Armadas brasileiras para operar em ambientes contaminados ganha importância estratégica e humanitária.

O EXOP EVAM DBNQR faz parte de uma série de treinamentos adotados pelas Forças Armadas desde 2020, quando o mundo enfrentou a pandemia da COVID-19 e percebeu a urgência de responder rapidamente a crises sanitárias globais.

Desde então, os exercícios de Defesa NBQR se tornaram mais frequentes, com maior envolvimento de equipes multidisciplinares, desde pilotos até infectologistas militares.

Além disso, a Amazônia foi escolhida como sede do exercício não apenas por sua localização estratégica, mas também por ser um ambiente desafiador para operações reais.

A logística de transporte, as condições climáticas extremas e o isolamento geográfico fazem da região um verdadeiro laboratório de missões complexas.

Tecnologia e doutrina militar aliadas

Para garantir o sucesso das operações em ambientes contaminados, cada etapa do exercício seguiu protocolos rigorosos de biossegurança e descontaminação, com simulações realistas de exposição a agentes tóxicos e radioativos.

As tripulações e equipes de saúde utilizaram equipamentos de proteção individual (EPIs) de última geração, incluindo trajes herméticos, respiradores com filtros de carvão ativado e câmaras de isolamento biológico.

Além disso, as aeronaves empregadas passaram por procedimentos simulados de descontaminação, incluindo pulverização interna com substâncias neutralizantes e isolamento das áreas contaminadas.

A doutrina NBQR, ainda em consolidação nas Forças Armadas, vem sendo adaptada com base em manuais da OTAN e experiências práticas adquiridas em operações internacionais e treinamentos conjuntos com países parceiros, como Estados Unidos e França.

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