Artigo no Jornal Corporativo – edição impressa e online de 10 de janeiro de 2019. Marcio Pacheco e Witzel – Paz e governabilidade, o que o Rio de Janeiro precisa / Rio – Pacto pró-governabilidade responde aos anseios da sociedade que se cansou da lealdade à siglas em detrimento da vontade do povo.
Devemos manter nossa rusgas e recusar qualquer acordo com políticos ou partidos que professam filosofias e modos de ver o mundo diverso do nosso ou podemos estabelecer uma trégua em nome da governabilidade e resolução dos principais problemas que afligem a sociedade, principalmente a mais carente? Precisamos de maioria nas casas para levar adiante nossos projetos. O que é mais inteligente, qual a decisão realmente mais política e melhor para a sociedade?
Políticos federais e estaduais têm sido convocados pela sociedade a colocar de lado siglas e ideologias e estabelecer pactos de não agressão, que se foquem a fazer o que seus juramentos determinam, que é servir o povo e não a partidos ou ideologias.
No Rio de Janeiro o juramento que cada deputado faz, diz: “Prometo desempenhar fielmente o mandato que me foi confiado, dentro das normas constitucionais e legais da República e do Estado, servindo com honra, lealdade e dedicação AO POVO do Estado do Rio de Janeiro”
Aqueles que insistem em permanecer na política do passado, se mantendo isolados, agressivos como cães raivosos, por magoa, insatisfação ou porque seus partidos não obtiveram o êxito desejado, tendem a ser rechaçados pela sociedade. É momento de união e de se abandonar bandeiras partidárias e lealdades a ícones do passado, muitos dos quais já presos pelas garras da justiça.
No Rio de Janeiro o deputado Márcio Pacheco (do PSC) é o comandante designado pelo governador para levar a ALERJ a estabelecer a chamada governabilidade, votar pautas em favor do Regime de Recuperação Fiscal do Rio. Sem votos para ser eleito presidente da casa, Pacheco teve que optar por uma estratégia importante, ousada. Ele decidiu apoiar o deputado André Ceciliano (do PT) para a presidência da Alerj.
Ceciliano é o presidente em exercício e tenta permanecer na cadeira no próximo biênio. Sua habilidade de articulação e influencia foram amplamente comprovadas quando deputados do PT e PCdoB apoiaram a indicação de Picianni para presidência da casa em 2018. Seu histórico demonstra que não tem medo de tomar decisões que vão contra o próprio partido, como aconteceu na questão da CEDAE, quando o político decidiu em favor do que achava ser o melhor para a sociedade carioca naquele momento e votou a favor da privatização, o que lhe rendeu até ameaças de ser expulso do partido dos trabalhadores.
Ao que parece, Pacheco (PSC) e André Ceciliano ( PT), almejam alcançar aquilo que é solicitado por toda a sociedade nesse momento, que o parlamento se foque em apoiar a decisão majoritária da sociedade (que optou por Witzel), ultrapasse as diferenças relacionadas às siglas partidárias e ideologias e passe a se focar em uma atuação realmente pragmática em favor da sociedade, que renda decisões realmente úteis, que solucionem os problemas do Rio, que são urgentes.
Em entrevista recente ao GLOBO Pacheco disse: “o que mais importa agora é um alinhamento da Assembléia com o governo. Parafraseando o governador: o meu partido e o do André Ceciliano é o Rio de Janeiro… ”
Artigo no Jornal Corporativo de 10 de janeiro de 2019 // Revista Sociedade Militar