Lideranças de associações do Quadro Especial de Sargentos divergem de minorias que insistem em buscar apoio da esquerda
Imagem Facebook / whatsapp / grupos do Quadro Especial na s redes sociais / comissão do quadro especia do Exército Brasileiro/facebook de Gleisi Hoffmann
Militares do quadro especial de sargentos são a categoria militar – sem dúvida – mais atuante no que diz respeito à mobilização política e tem sido, como bem disse o Montedo, quem aponta os atalhos para o restante dos graduados percorrer de forma mais eficaz os labirintos do Congresso Nacional.
Os militares do quadro especial – como parte significativa dos graduados – se sentem injustiçados com o projeto de lei apresentado pelo governo federal. Muitos militares e lideranças de associações tem circulado de gabinete em gabinete da Câmara e Senado em busca de apoio para mudanças no projeto de lei.
Nas redes sociais e em audiência pública realizada no Senado no mês de abril os graduados reclamam de que não foram ouvidos durante a elaboração do projeto de lei da reestruturação das carreiras.
O projeto parece realmente problemático, haja vista que os sargentos QE e QESA não são os únicos a reclamar. Militares de todas as patentes reclamam de concessão de benefício de representação só para oficiais generais e Suboficiais da Marinha e Força Aérea, alegam que ficaram também prejudicados, segundo informam o PL concede um adicional de habilitação de 73% só para graduados da força terrestre.
Veja: Graduados tentam levar até o presidente denúncia de erros no PL 1645
A dificuldade de encontrar apoio para mudanças no PL 1645 fez os militares percorrerem praticamente todos os gabinetes da Câmara. A deputada Gleisi Hoffman foi uma das contatadas pelos graduados. A presidente do Partido dos Trabalhadores atua no congresso em confronto direto contra o governo do Presidente Jair Bolsonaro – PSL.
A deputada em questão, até onde se sabe, não se manifestou sobre o pleito dos militares. Talvez sequer tenha se dado conta de que o fato de ser procurada por militares das forças armadas seria um fato político gigantesco nesse momento. Tentamos um contato com o gabinete mas não fomos respondidos ainda.
A situação tem gerado algumas discussões dentro de grupos nas redes sociais. A falta de apoio por parte de políticos da base aliada não terá – obviamente – outra consequência que não seja a busca de apoio em outros parlamentares. Alguns lideres da categoria como Genivaldo (AMARP-FA) e outros ouvidos pela Revista Sociedade Militar declaram que discordam desse tipo de aliança e lutam para manter a categoria unida e bem distante de políticos do Partido dos Trabalhadores. Outros declaram que se todos os gabinetes foram percorridos a esquerda não poderia ficar de fora, afinal “voto é voto”.
“Há erros, mas não podemos dar passos desse só causa de salário ou carreira, o Brasil, nossas famílias e nossa liberdade depende de mantermos a esquerda longe do poder… continuaremos lutando da nossa forma… “, disse uma liderança, nas redes sociais.
Genivaldo publicou um áudio bem incisivo aconselhando os QE/QESA a se manter longe da esquerda. “quem quiser ficar abraçado com essas pessoas indevidas que o façam …” disse o sargento reformado. Ouça o áudio