Exército Brasileiro: “percepção de corrupção” – General faz flexões e escala ações nas redes, mas status despenca
O General de Exército Tomás Miné, comandante do Exército, faz desde flexões de braço e corridas na frente da tropa, amplamente cobertas pelos setores de imprensa do Exército, a intensas divulgações das atividades mais rotineiras por meio das redes sociais. Mas, a resposta dos seguidores continua a ser sempre a mesma, alto índice de reprovação e comentários depreciativos sobre os militares do Exército Brasileiro.
Após as últimas notícias, que revelam possível envolvimento de membros do Alto Comando do Exército com ilícitos cometidos por Jair Bolsonaro e seus assessores, a intensidade e agressividade nas redes sociais tem escalado e os ataques, que antes partiam quase que exclusivamente de pessoas que acreditavam que o Exército deveria ter garantido a permanência de Bolsonaro na presidência, agora somam-se aos que vêm de outros cidadãos, estes indignados com as denúncias sobre participação de membros da força em atos ilícitos.
Percepção sobre a corrupção no Exército
Usando uma ferramenta de inteligência artificial com assinatura premium, com capacidade de processar rapidamente grande volume de dados, a Revista Sociedade Militar usou algumas dezenas de comentários coletados de forma aleatória em um post feito pelo Exército no Twitter. A questão colocada para a IA foi: “Com base nos comentários abaixo, coletados aleatoriamente no perfil do Exército no Twitter, numa escala de 0 a 10, onde 1 é “nenhuma percepção de corrupção” e 10 é ” forte percepção de corrupção”, qual a percepção sobre a presença de militares corruptos em meio à corporação?“
Com base no conjunto de comentários postados em resposta ao tweet do Exército feito em 12 de agosto as 09:30 da manhã: “Exército participa da #OperaçãoParaná, exercício de ajuda humanitária com 14 países que acontece entre 12 e 18 de agosto”, a inteligência artificial do Open ai.com retornou uma análise onde mostra que a percepção de corrupção da sociedade em relação aos militares do Exército está em números altíssimos.
“… a classificação seria em torno de 8 ou 9, considerando a frequência e intensidade dos comentários relacionados à corrupção.”
Resposta da Inteligência Artificial
“Os comentários no perfil do Exército no Twitter expressam uma variedade de sentimentos e percepções sobre a corporação, mas muitos deles parecem se focar em questões de corrupção, especificamente relacionadas a “muambas”, “joias” e “relógios”. Considerando a frequência e o teor desses comentários, podemos deduzir que há uma percepção, entre esses usuários, de corrupção ou, pelo menos, de práticas questionáveis por parte de alguns membros do Exército.
Aqui está uma análise dos comentários e a percepção relacionada à corrupção:
- “Quando vão expulsar os ladroes de joias?”
- “Jóia 👍💎”
- “Vocês tem loja de muamba no Braz em SP ou Uruguaiana no RJ? Gostaria de comprar uns relógios.”
- “Em que quartel posso pedir auxílio para a venda das minhas muambas ?”
- “Link para compras virtuais de joias e relógios, onde encontro??”
- “Braço forte, mão no Rolex 💎💎💎”
- “14 países, vai ter muita muamba pra vender. Que vergonha!!!E o pior é que não vão fazer nada com os muambeiros e ainda deve sair promoção.”
- “Mudaram de ramo? Queria saber a cotação de joias e relógios… algum general ou tenente-coronel poderia me atender?”
Entre os outros comentários, há críticas variadas ao Exército, mas nem todas estão explicitamente relacionadas à corrupção. Algumas expressam descontentamento com a atuação do Exército em diferentes contextos, enquanto outras parecem se referir a eventos específicos que não são claros a partir do conteúdo dos tweets.
Se tivéssemos que classificar a percepção desses usuários do Twitter sobre a presença de militares corruptos no Exército em uma escala de 1 a 10 (onde 1 é “nenhuma percepção de corrupção” e 10 é “percepção forte de corrupção”), a classificação seria em torno de 8 ou 9, considerando a frequência e intensidade dos comentários relacionados à corrupção. No entanto, é importante destacar que essa análise é baseada em um conjunto específico de tweets e pode não representar a opinião da população brasileira como um todo.”