Em meio às especulações sobre a reforma ministerial, o ex-ministro da Defesa, Aldo Rebelo, emerge como uma figura central para assumir o cargo deixado por José Múcio. Segundo Metrópoles, o político, que já comandou a pasta entre 2015 e 2016, conquistou o apoio do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Empreendedorismo da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, ambos do PSB.

Aldo Rebelo, conhecido por sua longa trajetória política e alianças em governos anteriores, destaca-se por sua atuação como secretário chefe de Estado da Casa Civil do governo paulista em 2018. No entanto, a assessoria de imprensa de Geraldo Alckmin negou qualquer articulação de apoio do vice-presidente a Aldo Rebelo, refutando os rumores que circulavam.

O ex-ministro da Defesa ganhou notoriedade ao participar, nesta terça-feira (12/12), de um encontro fechado no Rio de Janeiro com oficiais de alta patente dos três braços das Forças Armadas. O convite partiu do presidente do Clube Naval, o ex-Chefe do Estado-Maior da Armada, o almirante de esquadra João Afonso Prado Maia de Faria. Essa reunião privada destaca a relevância de Rebelo no meio militar, sendo considerado um dos ex-ministros mais respeitados na área.

Contudo, vale lembrar que Aldo Rebelo não é apenas um político voltado para questões militares. Em declarações passadas, ele criticou abertamente o Partido dos Trabalhadores (PT) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em artigo publicado aqui na Revista Sociedade Militar, lê-se que Rebelo afirmou que o PT deveria “desistir da ideia desarvorada de levar sua agenda identitária para dentro das instituições de ensino das Forças Armadas.” Essa postura reflete uma discordância clara em relação às pautas do partido, evidenciando um certo distanciamento ideológico, ao menos neste ponto em questão.

Além disso, em um episódio marcante, Rebelo criticou o governo de Lula ao abordar as negociações internacionais sobre meio ambiente e comércio. Durante a visita de Lula aos Estados Unidos em busca de recursos para o Fundo Amazônia, Rebelo expressou descontentamento com o montante obtido, considerando-o insuficiente para a proteção da maior área florestal do mundo.

Em suas palavras publicadas no X, antigo Twitter, “Nunca foi pelo meio ambiente e pelos índios. Nunca foi pelo nosso bem, mas pelos nossos bens. E concluiu: “O inacreditável é que tenham tantos ministros no governo cuidando de seus interesses, contra os nossos. Até quando?”

Essas críticas evidenciam a postura firme de Aldo Rebelo em questões ideológicas e de governança. Se confirmada sua indicação para o Ministério da Defesa, sua atuação promete ser pautada não apenas pela expertise militar, mas também por uma visão política alinhada a suas convicções.

Fonte: Metrópoles