Trinta e oito militares foram punidos administrativamente em decorrência do furto de 21 capturas do Arsenal de Guerra, em Barueri, São Paulo. As punições variam de um a vinte dias de prisão disciplinar, mas, segundo o Comando Militar do Sudeste, os militares punidos não têm envolvimento direto com o furto.
A investigação apontou que esses militares teriam cometido falhas nos procedimentos de controle que contribuíram para a ocorrência do crime.
O Comando Militar do Sudeste ressaltou que a prorrogação do Inquérito Policial Militar até 17 de janeiro é uma medida excepcional, devido à complexidade do caso, que ainda exige a coleta de muitos elementos e informações.

Sete militares estão sendo investigados por participação direta no furto das armas, que foi descoberto em outubro após uma inspeção no Arsenal de Guerra.
Das 21 metralhadoras furtadas,19 já foram recuperadas pelas autoridades, sendo oito localizadas na zona Oeste do Rio, em área ocupada por milícias aliadas ao Comando Vermelho.
Outras armas foram encontradas em São Roque, próximo a Sorocaba, onde estavam sendo negociadas com o PCC. Duas capturas ainda estão desaparecidas.
Em novembro, a Justiça Militar negou a decretação da prisão de seis militares suspeitos de envolvimento no furto. Entre os investigados está o cabo Vagner Tandu, ex-motorista do comandante da unidade, e o tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, que recebeu ordens diretas do comandante do Exército, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva.
O furto das 21 armas já é considerado é o maior na história recente do Exército. O crime ocorreu entre os dias 5 e 8 de setembro, levando ao aquartelamento de quase 500 militares por vários dias.
Fonte: Estadão