A decisão, segundo o comando do Exército Brasileiro, levou em consideração que o cenário atual é marcado por fortes restrições orçamentárias, que o Exército carece de mecanismos para obter financiamentos, que no momento exige a busca por soluções que permitam à força terrestre obter o material de emprego militar necessário para cumprir suas missões constitucionais e legais, que existe uma falta de estrutura para captar novas fontes de recursos, sem comprometer os limites orçamentários das Leis Orçamentárias Anuais da União e que há dificuldades na implantação de projetos estratégicos devido à rotatividade dos quadros, limitações orçamentárias, e desafios em desenvolver projetos de alta complexidade.
Outra dificuldade apontada na diretiva diz que cada vez mais o Exército tem sido demandado em questões ligadas ao combate ao crime: “Existe uma necessidade crescente de monitorar e atuar tempestivamente contra os ilícitos (garimpo, contrabando, tráfico de drogas etc)“.
Segundo o documento ao qual a Revista Sociedade Militar teve acesso, a determinação que partiu do Comandante do Exército, General Tomás Miguel Miné, propõe a criação da Empresa Nacional de Desenvolvimento da Força Terrestre (ENDEFORTE), situada em Brasília/DF e vinculada ao Ministério da Defesa, com alguns objetivos, entre eles:
- Aprimorar a capacidade de dissuasão e contribuir com o desenvolvimento nacional, paz social e política externa.
- Melhorar a atuação no espaço cibernético, aperfeiçoar sistemas operacionais e logísticos militares, sistemas de informação e de comando e controle, obter prontidão tecnológica, e
- aprimorar sistemas de educação, cultura e capacitação física.
O documento completo, assinada pelo general de Exército Fernando José Santana Soares, com a motivação e objetivos da criação da ENDEFORTE pode ser acessado em nosso repositório