Entre os objetivos para a implantação de inteligência artificial no Exército Brasileiro, o Chefe do Estado Maior do Exército, General de Exército Richard Nunes, em documento publicado em 24 de maio de 2024, destaca questões operacionais, mas cita propósitos relacionados a administração militar e outras ligadas a fraudes dentro do próprio Exército Brasileiro.
- “Cumprimento da missão constitucional. Destinado ao preparo e emprego operacional. Esta diretamente ligado ao SINFOTER (Sistema de Informações Operacionais Terrestre); “
- “Detectar fraudes de beneficios e abuso administrativo (Secretaria de Economia e Finanças — SEF, Centro de Controle Interno do Exército — CCIEx, Centro de Gestão, Contabilidade e Finanças do Exército — CGCFEx, Comando Logistico — COLOG e Regides Militares — RM);”
No extenso documento a que a Revista Sociedade Militar teve acesso fica claro que a Força Terrestre pretende adotar cuidados especiais relacionados com a segurança. Entretanto, nota-se que está aberta a possibilidade para avaliação e uso de sistemas de Inteligência Artificial autônomos, aqueles que não estão sujeitos ao controle humano.
“Toda e qualquer proposta de sistema de IA que não possibilite o controle humano (supervisionado) ou que não seja previsto ou possivel, estará sujeita a avaliação pelo EME.”
No que diz respeito ao uso da força e em decisões sobre vida ou morte em combate, o general Richard é taxativo e exige que “humanos permaneçam no controle”.
“Ao se implementar um sistema com IA, deve ser prioritária a garantia de que humanos permaneçam no controle do uso da força, em especial no caso de decisões sobre vida ou morte em combate.”
Veja o documento completo no repositório de Documentos Militares da Revista Sociedade Militar