O governo brasileiro está negociando a compra de 12 helicópteros Black Hawk dos Estados Unidos por um valor total de até US$ 950 milhões.
Apesar da modernização da frota ser um ponto positivo, a aquisição levanta preocupações, como a compra de motores já desatualizados, a falta de participação do Brasil no projeto e a ausência de um centro de manutenção no país.
Motores desatualizados e sem projeto nacional
Os helicópteros que o Brasil pretende comprar estão equipados com motores T700-GE-701D, que já estão programados para serem substituídos por modelos mais novos nos EUA.
Ou seja, o Brasil estará adquirindo tecnologia já em declínio, sem a oportunidade de participar do desenvolvimento de novos motores ou de gerar benefícios para a indústria nacional.
Falta de centro de manutenção no Brasil
Outro ponto preocupante é a falta de um centro de manutenção da Sikorsky, fabricante dos Black Hawk, no Brasil. Isso significa que a manutenção dos helicópteros precisará ser feita no exterior, o que pode dificultar e encarecer o processo.
Essa situação já gera incômodo nas Forças Armadas, segundo a Revista Asas, principalmente porque modelos da Sikorsky estão em serviço no país há décadas.
Compra sem offset
A compra dos Black Hawk também não inclui cláusulas de offset, que são acordos que exigem da empresa vencedora da licitação a transferência de tecnologia ou a realização de investimentos no país. Isso significa que a compra não gerará benefícios diretos para a indústria brasileira.