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Devastador e silencioso: míssil mais poderoso do Exército Brasileiro pode destruir edifícios inteiros a mais de 300 quilômetros

Destruição total a 300 quilômetros! Poder de fogo avassalador de míssil brasileiro é pouco conhecido da própria sociedade

por Sociedade Militar
01/06/2025
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MTC-300 Sistema Astros. Míssil do Exército pode atingir alvo a 300km

MTC-300 Sistema Astros. Míssil do Exército pode atingir alvo a 300km

Um míssil nacional, capaz de atingir alvos estratégicos a centenas de quilômetros de distância com alta precisão, hoje representa o que de melhor se tem no poder bélico convencional do Exército Brasileiro. O AV-TM 300, também conhecido como MTC-300, é um míssil de cruzeiro desenvolvido pela empresa brasileira Avibras Aeroespacial como parte do programa ASTROS 2020 — sistema de lançamento múltiplo de foguetes e mísseis operado pela Artilharia do Exército Brasileiro.

A sociedade civil pouco ouve falar do equipamento, mas trata-se da arma mais poderosa hoje em posse do Exército Brasileiro, e uma das mais importantes do país em termos de dissuasão estratégica. Seu potencial destrutivo, somado ao seu alcance e mobilidade, coloca o Brasil em patamar diferenciado e temido por potenciais inimigos no que diz respeito a capacidade militar na América do Sul.

Alcance de 300 quilômetros, com uma precisão quase cirúrgica

Embora o alcance oficial divulgado para exportação seja de 300 quilômetros — em conformidade com as regras do Regime de Controle de Tecnologia de Mísseis (MTCR) —, as versões operacionais empregadas pelo Exército Brasileiro podem facilmente ultrapassar os 500 quilômetros de alcance, conforme já indicado por autoridades militares. Esse alcance torna o AV-TM 300 um vetor ideal para atingir infraestruturas críticas, quartéis, centros de comando e até refinarias localizadas muito além da linha de frente, tudo isso a partir de território nacional.

Aeronaves militares desenvolvidas no Brasil, como os KC-390, já se mostram com capacidade de transportar o sistema Astros para áreas onde ele seja necessário para as chamadas operações de A2/AD, que é a sigla para Anti-Access/Area Denial, que em português pode ser traduzido como Negação de Acesso e Interdição de Área. Um exercício denominado Operação Zeus, ocorrido em julho de 2023, comprovou que todo o sistema Astros pode ser transportado para praticamente qualquer local do país.

Operação transporta sistema astros para vários locais do país
Operação Zeus e o sistema Astros- fonte Avibras

Uma ogiva capaz de destruir edifícios inteiros

O AV-TM 300 transporta uma ogiva explosiva de até 200 kg de alto explosivo, suficiente para causar danos massivos em instalações militares ou civis de médio e grande porte. Para se ter uma ideia de sua letalidade, mísseis com ogivas semelhantes têm sido utilizados em guerras recentes — como o Iskander-M russo na Ucrânia — para destruir prédios inteiros, causando dezenas de mortes e incapacitando infraestruturas regionais.

No caso do MTC-300, a ogiva utilizada pode ser tanto unitária (alto explosivo) quanto do tipo “submunição”, capaz de dispersar dezenas de pequenas cargas explosivas sobre um local amplo. Isso permite tanto a destruição pontual (um prédio, por exemplo) quanto a saturação de uma área, como uma base aérea ou concentração de veículos ou aeronaves em um pátio de aeroporto, por exemplo.

Segundo monografia do 1º tenente M. R. Souza: “Com ele o Exército Brasileiro tem uma capacidade de atingir alvos de alto valor em grande profundidade, com alta precisão e baixa dispersão, reduzindo a probabilidade de danos colaterais e aumentando significativamente a eficiência das missões de tiro”.

Mobilidade, flexibilidade e ocultação

O míssil é lançado a partir de viaturas altamente móveis do sistema ASTROS 2020, que permitem o deslocamento rápido e o disparo a partir de diferentes terrenos e condições operacionais. Após o lançamento, a viatura pode mudar de posição em minutos, dificultando a reação do inimigo.

Essa mobilidade importante, somada ao alcance e à letalidade do AV-TM 300, confere ao Brasil uma capacidade estratégica inédita: atingir alvos de alto valor sem arriscar tropas ou aeronaves, e sem depender de bases em território estrangeiro.

Voando rente ao solo para escapar da defesa inimiga

O míssil voa a velocidades subsônicas (cerca de 1000 km/h) e mantém um perfil de voo baixo e furtivo, na faixa de 800 metros de altura, acompanhando o relevo do terreno. Isso reduz significativamente a chance de ser detectado ou interceptado por sistemas de defesa antiaérea inimigos. A navegação é feita com auxílio de GPS militar e sistemas inerciais, garantindo uma precisão de menos que 30 metros — o que é um índice de exatidão comparável à de mísseis ocidentais de alta tecnologia.

Um salto estratégico para o Brasil

Antes da introdução do MTC-300, o Brasil dispunha apenas de foguetes de artilharia com alcance limitado (até 90 km no sistema ASTROS original) e de bombas aéreas lançadas por caças — o que exigia a entrada em espaço aéreo inimigo e expunha os pilotos a risco. O míssil de cruzeiro terrestre muda esse cenário: permite ao país projetar poder à distância, de forma rápida, precisa e autônoma.

O AV-TM 300 é hoje a arma convencional de maior poder destrutivo das Forças Armadas Brasileiras. Com sua ogiva de 200 kg, alcance no momento de 300 quilômetros, mas com possibilidades, caso desejado, de até 500 km e alta mobilidade, é capaz de neutralizar alvos de grande valor estratégico com um único disparo.

Robson Augusto – Revista Sociedade Militar

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