Marcelo Godoy, colunista do Estadão, revelou em sua coluna de segunda-feira (26) uma possível solução para o desenvolvimento do Míssil Tático de Cruzeiro (MTC) de 300 km de alcance, caso a Avibras entre em falência. Em recuperação judicial e com uma dívida quase bilionária, a empresa corre o risco de não conseguir continuar seus projetos, incluindo o MTC.
Alternativa nacional
Caso a Avibras venha a falir, uma possível solução para o projeto do MTC seria aproveitá-lo no Mansup, um míssil antinavio da Marinha. Segundo Godoy, essa estratégia criaria uma “solução nacional” para evitar o cancelamento do projeto.
Godoy revela que o projeto do míssil de cruzeiro deverá ser adaptado a partir do Mansup, um míssil antinavio da Marinha. Essa solução, segundo o colunista, na verdade é uma aposta do Estado-Maior do Exército como sendo uma forma de garantir que o Brasil continue desenvolvendo tecnologia militar estratégica, mesmo diante dos desafios enfrentados pela Avibras.
“Há 15 dias, o Estado-Maior do Exército passou a apostar em uma “solução nacional” para a Avibras. Caso a empresa naufrague, há uma alternativa para o míssil de cruzeiro. A saída pode ser aproveitar o projeto do Mansup, da Marinha”, afirma Godoy.
Desafios legais e econômicos
A falência da Avibras não apenas impactaria o desenvolvimento do MTC, mas também levantaria questões legais e econômicas. O projeto do míssil é do Exército, e a venda da Avibras para estrangeiros pode complicar a propriedade intelectual.
A falência da Avibras representaria um grande revés para a indústria de defesa brasileira. A empresa é responsável por diversos projetos importantes, como o sistema de foguetes Astros, e sua queda poderia comprometer a autonomia do país na produção de armamentos.