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França propõe dividir suas bombas nucleares com países vizinhos, e plano de exército europeu unificado contra ameaças globais ganha força

A França propõe compartilhar seu arsenal nuclear com países europeus, buscando fortalecer a defesa coletiva diante de ameaças globais. Essa mudança estratégica pode transformar o futuro militar do continente e alterar o equilíbrio geopolítico de forma inédita.

por Alisson Ficher
28/05/2025
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O cenário da segurança europeia passa por transformações profundas, impulsionadas por desafios geopolíticos e a necessidade de maior autonomia defensiva.

Segunda informações do portal ”R7”, nesta terça-feira, 13 de maio de 2025, o presidente francês Emmanuel Macron surpreendeu o mundo ao manifestar abertura para discutir o envio de armas nucleares para outros países do continente europeu.

Essa posição inédita levanta debates sobre soberania, alianças e a própria configuração da defesa coletiva europeia.

Macron deixou claro que essa possível transferência de armamento nuclear dependerá de condições rigorosas, incluindo que os países receptores tenham poder de decisão sobre o uso das armas.

Esse movimento tem o potencial de transformar a arquitetura militar da Europa, especialmente diante da crescente incerteza sobre o comprometimento dos Estados Unidos com a segurança do continente.

De acordo com dados oficiais divulgados em 2024, a França possui aproximadamente 280 ogivas nucleares, sendo uma das principais potências nucleares da OTAN.

Essa quantidade confere à França um papel estratégico significativo na dissuasão de ameaças globais, e a possibilidade de compartilhar esse arsenal é um passo ousado.

Macron e a nova estratégia de defesa europeia

Em seu discurso, Macron destacou que a França pretende definir nas próximas semanas as diretrizes para as negociações envolvendo a partilha de armas nucleares.

Essa iniciativa ocorre em um contexto onde a União Europeia busca aumentar sua independência militar, em parte motivada pelo enfraquecimento das garantias de segurança oferecidas pelos Estados Unidos.

O presidente francês enfatizou que a França está disposta a atuar para garantir a proteção dos seus vizinhos europeus que estejam em risco de ataques nucleares ou biológicos.

Essa declaração reforça a visão de Macron sobre a necessidade de uma Europa mais unida e autônoma em questões de defesa, capaz de responder aos desafios sem depender exclusivamente de potências externas.

A proposta de um exército europeu

Conforme análise de Igor Lucena, doutor em relações internacionais, o contexto atual exige mudanças profundas na defesa do continente.

Lucena destaca que a saída parcial dos Estados Unidos da cena europeia obriga os países do bloco a investirem massivamente em suas próprias capacidades militares.

“Para compensar a retirada do apoio dos Estados Unidos à União Europeia, será necessário um investimento superior a 1 trilhão de euros em gastos militares nos próximos anos”, afirmou Lucena em entrevista ao Conexão Record News.

Esse volume de recursos poderia sustentar a criação de uma força militar europeia integrada, que funcione como um verdadeiro exército comum.

O conceito de exército europeu, embora antigo, ganha força em meio a crises recentes, como a invasão da Ucrânia pela Rússia, que evidenciou fragilidades na defesa coletiva.

Para Lucena, a criação desse exército unificado “pode se tornar uma realidade em breve, dadas as pressões geopolíticas e as demandas por segurança”.

A França como protagonista da defesa nuclear europeia

A decisão da França em abrir mão do monopólio sobre seu arsenal nuclear indica uma nova postura estratégica.

Historicamente, a França manteve uma política rigorosa de controle absoluto sobre suas armas nucleares, consideradas essenciais para sua soberania nacional.

Permitir que outros países da União Europeia participem da gestão e uso dessas armas envolve complexas negociações diplomáticas e jurídicas, especialmente em relação à responsabilidade pelo uso ou desuso do armamento.

Esse movimento pode significar o início de uma integração mais profunda das políticas de defesa europeias, alinhando interesses e fortalecendo mecanismos de dissuasão.

Analistas militares indicam que esse passo pode ajudar a consolidar uma identidade estratégica europeia, que vá além das tradicionais alianças como a OTAN.

Contexto geopolítico e ameaças emergentes

O ambiente internacional atual apresenta riscos múltiplos que pressionam a Europa a revisar seus conceitos de defesa.

A guerra entre Rússia e Ucrânia, iniciada em 2022, mostrou a Europa vulnerável a conflitos de alta intensidade em seu território.

Além disso, o crescimento da influência da China no cenário global, com sua postura assertiva no Pacífico e além, aumenta as preocupações de segurança entre os países ocidentais.

O avanço tecnológico também cria novas ameaças, como ataques cibernéticos, guerras híbridas e o risco de proliferação de armas de destruição em massa.

Nesse cenário, a França pretende assumir um papel de liderança, oferecendo seus recursos nucleares como forma de garantir a segurança coletiva europeia.

Essa estratégia também busca responder à pressão de países da Europa Oriental, que se sentem ameaçados por potências vizinhas e clamam por garantias concretas.

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