Revista Sociedade Militar, todos os direitos reservados.

PSOL pede extinção dos COMANDOS “Kids Pretos” do Exército Brasileiro e apura envolvimento de batalhão em plano de ataque a autoridades.

por Alves Publicado em 18/12/2024
PSOL pede extinção dos COMANDOS “Kids Pretos” do Exército Brasileiro e apura envolvimento de batalhão em plano de ataque a autoridades.

A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados encaminhará um ofício ao Ministério da Defesa solicitando a extinção do batalhão das Forças Especiais do Exército, os comandos, conhecido como “kids pretos”. O grupo é formado por militares especializados em operações sigilosas e politicamente sensíveis. A iniciativa surge em meio às revelações do envolvimento de membros do batalhão em um suposto plano para atacar autoridades de alto escalão do Brasil.

O apelido “kids pretos” refere-se aos militares formados pelo Curso de Operações Especiais do Exército Brasileiro, que utilizam gorros pretos em missões. Considerados a elite das Forças Armadas, eles atuam em cenários hostis, executando operações de contraterrorismo, reconhecimento especial e combate a forças irregulares. O pedido do PSOL também inclui um requerimento de informações detalhadas sobre o funcionamento e as atividades desses batalhões.

As ações do partido foram motivadas pela prisão do general da reserva Walter Braga Netto, ocorrida no último sábado (14). Ex-ministro de Jair Bolsonaro, Braga Netto é acusado de ser um dos articuladores de um plano golpista após as eleições presidenciais de 2022. De acordo com depoimentos e documentos da Polícia Federal (PF), ele teria repassado recursos financeiros a um militar do grupo caveira “kids pretos” para financiar ações relacionadas ao suposto golpe.

Segundo o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Braga Netto entregou dinheiro a um então major identificado como Rafael de Oliveira. O recurso, transportado em uma sacola de vinho, teria sido destinado ao financiamento de uma operação que incluía a execução de ataques contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A prisão preventiva de Braga Netto foi determinada pelo STF com base em indícios de que ele e outros envolvidos poderiam interferir nas investigações. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), a medida busca garantir o andamento das apurações sobre o suposto plano golpista.

Ainda de acordo com os relatos de Mauro Cid, Braga Netto e outros intermediários teriam feito contatos telefônicos com seu pai para tentar obter detalhes sobre a colaboração premiada firmada pelo ex-ajudante. O caso coloca em evidência o papel dos “kids pretos” nas estratégias reveladas.

O PSOL planeja finalizar os textos dos pedidos ao Ministério da Defesa no fim de semana e protocolá-los nas próximas semanas. O partido reforça a necessidade de transparência nas atividades das Forças Armadas e busca esclarecimentos sobre o possível envolvimento de membros do batalhão em ações ilegais.

Com informações de: CNN

Alves

Alves