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Exército Brasileiro está investindo em obuseiros americanos para transformar as Forças Armadas do Brasil

M109: o obuseiro norte-americano que transformou o Exército Brasileiro. Conheça sua história, evolução e como ele se tornou referência em tecnologia militar

por Alisson Ficher
02/01/2025
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O obuseiro autopropulsado M109, uma verdadeira lenda da artilharia mundial, não só transformou o poder de fogo do Exército Brasileiro e redefiniu os padrões da guerra moderna. Equipado com tecnologia de ponta, como sistemas GPS e controle de tiro digital, este gigante de fabricação norte-americana é muito mais do que um equipamento militar — é um símbolo de inovação e adaptabilidade que permanece relevante por mais de 50 anos. Originalmente projetado em paralelo ao modelo M108 na década de 1960, o M109 ganhou destaque ao adotar um canhão de 155 mm, conforme os requisitos da OTAN.

Enquanto o M108, com seu calibre de 105 mm, teve sua produção encerrada em 1963, o M109 consolidou-se como a principal peça de artilharia. Em 1970, tornou-se padrão da OTAN e permanece em operação até hoje, mostrando como a modernização contínua pode prolongar a vida útil de equipamentos militares.

M109 (obuseiro autopropulsado) – Wikipédia, a enciclopédia livre

Engenharia, potencia e eficiência em combate moderno

O M109 combina simplicidade com eficiência com seu motor Detroit Diesel de 450 cavalos permite uma velocidade de até 65 km/h em estradas e uma autonomia de 390 km. O veículo, que pesa 24 toneladas em sua configuração inicial, mede 6,19 metros de comprimento, 3,15 metros de largura e 3,28 metros de altura.

O canhão M126 L23 de 155 mm, capaz de disparar projéteis de 43 kg, alcança até 15 km, podendo ultrapassar 20 km com munição de foguetes auxiliares. Nas versões mais recentes, como o M109A7, o canhão foi atualizado para o M284, aumentando o alcance para impressionantes 25 km. Essa evolução técnica é fundamental para atender às exigências do combate moderno.

Capacidade de fogo e proteção no M109 em operações militares

Com capacidade manual de até quatro disparos por minuto, o M109 é eficaz, mas para operações prolongadas, recomenda-se uma cadência de tiro de um a dois disparos por minuto. As primeiras versões transportavam 28 projéteis, enquanto os modelos mais modernos podem carregar até 39.

O M109 possui uma metralhadora secundária calibre 12,7 mm, montada na cúpula, e blindagem de 32 mm, suficiente para proteger contra estilhaços e armas leves. A tripulação do veículo é composta por seis membros: comandante, dois artilheiros, dois carregadores e um condutor. O modelo trabalha em conjunto com o veículo M992, responsável pelo transporte de munições.

Parceria entre EUA e Exército Brasileiro moderniza o M109 no Brasil

Desde 1962, o M109 participou de conflitos marcantes, como a Guerra do Vietnã e os combates no Oriente Médio. Sua versatilidade garantiu sua permanência como peça indispensável em mais de 30 países, com mais de 7.000 unidades produzidas.

Entre 1999 e 2001, o Brasil adquiriu 37 unidades do modelo M109A3 do Exército Belga, já modernizadas, representando um avanço significativo para a artilharia nacional. Até então, o Exército Brasileiro utilizava apenas os M108, de calibre 105 mm.

Mais recentemente, o Brasil comprou 36 unidades do modelo M109A5 diretamente dos EUA das quais 32 serão modernizadas para o padrão M109A5+ BR pela BAE Systems. Essa atualização inclui sistemas avançados de navegação por GPS, controle de tiro eletrônico e integração ao sistema digitalizado de artilharia (Cydak).

Revolução digital do Cydak na artilharia militar brasileira com o M109

O sistema Cydak, um dos principais avanços incorporados ao M109 no Brasil, é uma plataforma digital que integra busca de alvos e controle de tiro. Ele permite que múltiplos obuseiros atinjam simultaneamente o mesmo alvo, mesmo estando geograficamente distantes. Essa tecnologia aumenta significativamente a precisão e eficiência da artilharia, tornando o M109 um avanço estratégico no cenário militar.

A modernização dos obuseiros brasileiros para o padrão M109A5+ BR inclui ainda novos motores, sistemas de comunicação encriptada e datalink para troca de informações com veículos, satélites e aeronaves. Essa atualização aproxima os veículos brasileiros do modelo M109A7, a versão mais moderna em operação.

EUA e suas Forças Armadas na modernização do M109A7 como símbolo de superioridade militar

O M109A7, também conhecido como Paladin, é um exemplo claro de como a modernização contínua pode manter um equipamento relevante por mais de 50 anos. Pesando 35 toneladas, ele possui capacidade ampliada para 39 projéteis e sistemas avançados que reduzem o tempo de preparação do disparo para apenas 30 segundos.

Nos EUA, as Forças Armadas planejam adquirir 133 unidades do M109A7, com custo médio de 14 milhões de dólares cada. Esses obuseiros são equipados com GPS, sistemas eletrônicos de última geração e maior autonomia operacional, consolidando o modelo como um dos mais avançados do mundo.

Capacidade de defesa do Exército Brasileiro

O Exército Brasileiro e a modernização do M109 reforça seu compromisso com a evolução tecnológica e a adaptação às exigências do combate moderno. Com os upgrades previstos, as forças armadas contará com um dos obuseiros mais eficientes em operação globalmente, garantindo sua capacidade de defesa e dissuasão estratégica.

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