Em um desdobramento sem precedentes envolvendo o crime organizado no Estado de São Paulo, o assassinato de Vinícius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), no Aeroporto de Guarulhos, continua a reverberar nas investigações policiais e nas operações contra a facção criminosa. Gritzbach, que havia firmado um acordo de delação premiada com o Ministério Público, revelou nomes de integrantes do PCC e acusou alguns policiais de corrupção, tornando-se um alvo valioso.
A operação realizada pelas autoridades paulistas resultou na prisão de 15 policiais militares, entre Praças e um Oficial, incluindo o PM acusado de ser o executor de Gritzbach. Este PM, um cabo da PM, foi preso após uma investigação conduzida pela Corregedoria da Polícia Militar SP, que revelou uma rede de proteção e vazamento de informações sigilosas para o PCC. Essas informações eram estratégicas, permitindo que a facção evitasse prisões e perdas financeiras.
As investigações continuam
As investigações começaram após uma denúncia anônima em março de 2024, apontando que policiais estavam fornecendo segurança e informações ao PCC. Em outubro do mesmo ano, novas denúncias surgiram, mostrando que PMs faziam escolta para Gritzbach durante uma audiência. Após o assassinato de Gritzbach em novembro, a detenção de PMs envolvidos e a análise dos seus celulares permitiram à Corregedoria identificar um dos executores.
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, destacou que a operação demonstra a intolerância da corporação com desvios de conduta, prometendo punições severas. Entretanto, o mandante do crime ainda não foi identificado, e as investigações continuam.
Este caso ressalta a complexidade e o alcance da corrupção dentro das forças de segurança, que mancha a Polícia Militar de São Paulo por ter em suas fileiras pessoas criminosas, além de sublinhar o desafio contínuo que o PCC representa para a justiça e a segurança pública de São Paulo. As ações das autoridades são um lembrete da necessidade de vigilância contínua e de reformas dentro das instituições para combater eficazmente o crime organizado, portanto a sociedade espera medidas exemplares contra os policiais criminosos, sejam Praças ou Oficiais.