Militar do Exército é preso em operação contra tráfico no Rio após faltar ao quartel para atuar com facção de Peixão no Complexo de Israel
Soldado do Batalhão de Guarda do Exército foi capturado em Parada de Lucas por envolvimento estratégico com grupo criminoso que planejava ataques contra forças de segurança

Um militar do Exército Brasileiro foi preso nesta terça-feira (11), durante uma megaoperação da Polícia Civil contra o tráfico de drogas no Complexo de Israel, localizado em Parada de Lucas, Zona Norte do Rio de Janeiro. De acordo com as autoridades, o soldado estava diretamente envolvido com a facção comandada por Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como “Peixão”, e ocupava uma posição estratégica dentro da organização criminosa.
Segundo o delegado Moyses Santana, titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), o militar não compareceu ao serviço no Batalhão de Guarda do Exército e foi localizado durante a operação. A investigação aponta que ele participava ativamente das ações da quadrilha e havia fugido para não ser detido. No entanto, foi localizado e capturado pelas equipes.
A ação faz parte de uma ofensiva que mirava 44 suspeitos ligados ao tráfico na região. Até o início da tarde, pelo menos 20 pessoas haviam sido presas, entre elas criminosos que, conforme a Polícia Civil, atuavam de forma direta na estrutura da facção, planejando atentados contra helicópteros das forças de segurança e construindo barricadas em comunidades controladas pelo grupo.
O secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi, afirmou que os presos estavam ligados a ações de intimidação e confrontos contra agentes do Estado. Um dos detidos portava uma luneta, equipamento utilizado para mirar aeronaves, reforçando os indícios de que a organização pretendia abater helicópteros da segurança pública.
A operação mobilizou mais de 180 mandados de busca e apreensão e resultou na apreensão de:
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8 fuzis
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granadas
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coquetéis molotov
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lunetas de precisão
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rádios comunicadores
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munições diversas
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roupas camufladas
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celulares utilizados pela quadrilha
Além do armamento, os agentes recolheram materiais que indicam a estrutura tática da facção, incluindo planos escritos, listas de escala de vigilância e registros financeiros da atividade criminosa. As autoridades destacam que a atuação desses criminosos era silenciosa, porém decisiva, sendo responsável pela coordenação de ações contra as forças de segurança e pela manutenção do domínio territorial nas comunidades sob influência do grupo.
A informação foi divulgada por “oglobo” e complementada com dados públicos disponíveis em portais institucionais e boletins da Polícia Civil do Rio de Janeiro.