Sargento do Exército revela como a tecnologia das criptomoedas e a descentralização podem revolucionar a segurança cibernética nas Forças Armadas e proteger o Brasil contra ataques cibernéticos
No blog oficial do Exército Brasileiro (EBlog), o 1º Sargento Julio Cezar Rodrigues Eloi trouxe uma análise: a tecnologia das criptomoedas, conhecida como blockchain, pode ser uma poderosa aliada na defesa dos países.
Segundo o militar, essa tecnologia, famosa pelo uso no bitcoin, vai muito além das finanças e oferece várias vantagens que podem transformar a defesa cibernética. A blockchain já é usada por potências como Estados Unidos, Rússia e China, reforçando sua importância no cenário militar global.
Tecnologia de confiança e segurança descentralizada
O sargento destacou que a blockchain possui características que a tornam ideal para a segurança nacional. “Confiança descentralizada, segurança e integridade de dados, rastreabilidade, transparência, visibilidade e auditabilidade” são algumas das principais qualidades dessa tecnologia.
Na prática, isso significa que as informações são armazenadas de maneira distribuída, sem um único ponto de falha, o que dificulta ataques cibernéticos e aumenta a segurança das redes militares.
Seis vantagens em uma guerra cibernética
O artigo lista seis áreas onde a blockchain pode trazer importantes vantagens em tempos de guerra:
- Detecção de intrusão: Capacidade de identificar tentativas de invasão cibernética em tempo real.
- Monitoramento de infraestrutura: Garantia de que sistemas críticos estejam sob constante vigilância.
- Gestão de batalhas: Coordenação mais eficiente de tropas e equipamentos no campo de batalha.
- Gerenciamento de drones: Controle seguro de operações com drones, evitando interferências.
- Gestão das cadeias de suprimentos: Rastreamento eficiente de peças e equipamentos militares, minimizando fraudes e desvios.
- Comunicações criptografadas: Garantia de que as comunicações sejam seguras e invioláveis.
Experiências de EUA, Rússia e China
As maiores potências militares do mundo já estão utilizando o blockchain em suas operações de defesa. Nos Estados Unidos, a tecnologia atua como um “escudo de segurança cibernética”, garantindo a resiliência dos dados e prevenindo corrupção de informações.
Na Rússia, laboratórios de pesquisa estão desenvolvendo soluções baseadas em blockchain para mitigar ataques cibernéticos.
Já na China, a tecnologia é usada na administração de equipamentos, treinamento de pessoal e na gestão logística, áreas fundamentais para a defesa do país.
Defesa cibernética no Brasil e o futuro do blockchain
O Exército Brasileiro também está atento a essas inovações. Em 2023, estagiários do Exército conheceram um sistema blockchain nacional, o que demonstra que o tema está em pauta nas instituições militares brasileiras.
Para o sargento Julio Cezar Rodrigues Eloi, a adoção dessa tecnologia pelas Forças Armadas brasileiras pode ser um passo importante para garantir a segurança nacional em um cenário cada vez mais digital e vulnerável a ataques cibernéticos.
“Blockchain deve ser adotado pelas Forças Armadas de todo o planeta”, conclui Eloi em seu artigo. Ele acredita que a descentralização, auditabilidade e transparência da blockchain são ferramentas fundamentais para a defesa de qualquer país, em tempos de guerra e paz.