Na quinta-feira, o major da reserva Angelo Martins Denicoli enfrentou uma operação de busca e apreensão, resultando na retenção de seu passaporte, conforme determinado pela justiça federal. A ação faz parte das medidas tomadas contra ele, que também incluem a proibição de deixar o país e de comunicar-se com outros indivíduos sob investigação. Vários militares receberam a visita de policiais federais, entre eles vários oficiais generais.
O governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) decidiu remover Angelo Martins Denicoli de sua posição na Prodesp, a Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo. Denicoli é um dos indivíduos implicados na Operação Tempus Veritatis, iniciada para investigar uma suposta organização criminosa envolvida em tentativas de golpe de Estado e na abolição do Estado Democrático de Direito.
A investigação da Polícia Federal aponta que Denicoli teria participado ativamente do grupo encarregado de gerar e disseminar informações falsas relacionadas às eleições presidenciais de 2022. O objetivo era incitar seguidores a se concentrarem em áreas próximas a instalações militares, facilitando as condições para um potencial golpe de Estado.
A Operação Tempus Veritatis tem como alvo 16 membros das Forças Armadas, incluindo o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier Santos. Os envolvidos são suspeitos de duas principais atividades: a criação e propagação de notícias falsas questionando a integridade das eleições e o suporte a movimentos golpistas. Essas ações teriam apoiado a manutenção de acampamentos militares e a organização de ataques contra as sedes dos três poderes em 8 de janeiro.