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Mais de 300.000 voluntários russos entram em ação na Ucrânia, marcando uma mudança radical na estratégia militar do Kremlin

Voluntários russos em alta, deserções militares ucranianas em queda livre. Quem leva vantagem no tabuleiro geopolítico mais tenso do mundo? Descubra os detalhes explosivos dessa disputa de forças

por Noel Budeguer
03/12/2024
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O Ministério da Defesa russo anunciou recentemente que mais de 300.000 soldados assinaram contratos voluntários para participar do que o Kremlin e os meios de comunicação estatais descrevem como a “operação militar especial” na Ucrânia.

Essa medida destaca uma mudança fundamental na abordagem militar da Rússia, que passa a depender amplamente de soldados voluntários em vez de recorrer ao recrutamento em larga escala. Ivan Buvaltsev, chefe da Diretoria de Treinamento de Combate das Forças Armadas russas, revelou que a criação de regimentos de reserva, projetados especificamente para esse propósito, foi um sucesso.

Esses regimentos treinam novos recrutas, geralmente civis dispostos a servir por um período determinado, oferecendo uma alternativa ao serviço obrigatório. Essa força de voluntários está se tornando uma parte integrante da estratégia militar russa, permitindo ao governo mobilizar forças adicionais para o conflito em andamento na Ucrânia sem recorrer ao recrutamento em massa, o que poderia ser politicamente delicado.

A força militar voluntária e a reestruturação do exército russo

Os contratos de serviço voluntário frequentemente incluem cláusulas sobre remuneração, benefícios e duração do compromisso do soldado. A dependência do governo nesses contratos reflete uma tendência mais ampla no exército russo, que busca reforçar suas fileiras com indivíduos dispostos a lutar em troca de compensação, em vez de por meio do serviço obrigatório.

Ao mesmo tempo, a situação no exército ucraniano tornou-se mais complicada. Surgiram relatos de um grave problema de deserção. Nos últimos meses, um número alarmante de soldados fugiu das linhas de frente; algumas estimativas sugerem que até 200.000 desertaram ou se ausentaram sem permissão.

As causas desse fenômeno são múltiplas. Os soldados ucranianos, assim como seus equivalentes russos, estão sofrendo com o desgaste psicológico de uma guerra prolongada e aparentemente interminável. Muitas deserções ocorrem após licenças médicas ou durante momentos de maior estresse no campo de batalha.

Relata-se que unidades inteiras se retiraram de zonas de combate ativas, contribuindo para perdas significativas para a Ucrânia, como a queda da cidade de Vuhledar em outubro de 2023.

Desafios do exército ucraniano: deserção e moral em declínio

Os líderes militares ucranianos reconhecem a magnitude do problema e consideram a deserção um obstáculo-chave para o cumprimento de objetivos militares. Embora alguns comandantes ucranianos tenham tentado resolver esses problemas oferecendo incentivos para o retorno, o estado psicológico dos desertores complica essa tarefa.

O desgaste moral da guerra, combinado com a falta de um fim claro à vista, torna difícil para os comandantes manterem suas forças intactas. Os oficiais ucranianos, embora reconheçam o problema da deserção, frequentemente evitam medidas punitivas, cientes da tensão psicológica enfrentada pelos soldados.

Nesse contexto, surgiram debates sobre a possibilidade de voluntários ou mercenários estrangeiros reforçarem as fileiras do exército ucraniano.

Esse tema, que ganhou força nas últimas semanas, envolve a possibilidade de mobilizar soldados europeus ou contratantes militares privados para ajudar a Ucrânia, aliviando potencialmente parte do peso sobre as forças ucranianas.

Essas discussões são especialmente relevantes considerando os debates em torno do envio de forças terrestres por países da OTAN, que têm oscilado em intensidade.

A ideia de que países europeus enviem tropas à Ucrânia tornou-se um tema de grande debate político. Em particular, o presidente francês, Emmanuel Macron, sugeriu recentemente que o envio de tropas terrestres à Ucrânia poderia ser considerado, sublinhando que essa medida não deveria ser descartada para evitar uma vitória russa.

Suas declarações suscitaram reações mistas em toda a Europa, com muitos líderes rejeitando a ideia de envolver diretamente seus exércitos no conflito. O chanceler alemão Olaf Scholz e o ministro da Defesa Boris Pistorius declararam firmemente que a OTAN não deveria enviar tropas para lutar contra a Rússia na Ucrânia.

Da mesma forma, líderes da Espanha, Polônia e Suécia confirmaram que não têm planos de enviar tropas, consolidando ainda mais a resistência geral europeia a uma intervenção militar direta.

Ao mesmo tempo, há algumas nações, como a Estônia, que expressaram disposição em considerar uma participação militar mais profunda, embora sem compromissos formais até o momento.

A possibilidade de uma participação direta da OTAN permanece uma questão delicada, sobretudo à luz das advertências da Rússia de que tal medida poderia levar a uma confrontação direta entre a OTAN e a Rússia, escalando o conflito a um nível catastrófico.

As implicações mais amplas desse debate vão além do simples envio de tropas. A participação da OTAN, ou sua ausência, pode determinar a trajetória futura da guerra.

A OTAN e as implicações estratégicas da guerra

Por exemplo, uma possível intervenção terrestre da OTAN poderia inclinar a balança estratégica a favor da Ucrânia, mas com o risco de desencadear uma guerra mais ampla e devastadora. Essa é uma preocupação que pesa sobre os líderes europeus e, sem dúvida, influenciará suas decisões nos próximos meses.

Até agora, os governos europeus comprometeram-se a apoiar a Ucrânia principalmente por meio do fornecimento de armas, treinamento e ajuda financeira. Contudo, a perspectiva de enviar tropas terrestres continua sendo um cenário extremamente controverso e improvável atualmente.

Entretanto, a continuidade da guerra pode levar as nações europeias a reconsiderar suas posições. O envolvimento mais profundo da OTAN no conflito, de forma direta ou indireta, depende de vários fatores, incluindo o desempenho militar das forças ucranianas, o clima político interno nos países da OTAN e, talvez o mais crítico, as dinâmicas em constante mudança do próprio conflito.

Essa situação dinâmica levanta mais perguntas sobre o futuro das alianças militares internacionais, a eficácia das forças voluntárias na guerra moderna e os desafios psicológicos e estratégicos enfrentados pelos soldados de ambos os lados do conflito.

A dependência de tropas voluntárias, seja pela Rússia ou por futuros possíveis contribuintes à causa da Ucrânia, está se tornando cada vez mais central para as estratégias militares de ambas as nações. A sustentabilidade a longo prazo desse modelo ainda é incerta, e o conflito em andamento provavelmente continuará testando a resiliência e a adaptabilidade dessas forças militares.

A natureza mutável do apoio militar internacional à Ucrânia, combinada com as realidades em transformação da logística e moral no campo de batalha, sem dúvida continuará sendo um tema chave na análise dessa guerra.

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