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Escassez de armas modernas força soldados a usarem relíquias da Primeira e Segunda Guerra Mundial no conflito da Ucrânia: a crise velada da falta de armamentos e os riscos do prolongamento da guerra.

Soldados ucranianos e russos voltam a usar metralhadoras, fuzis e armas de mais de cem anos em plena guerra moderna, revelando escassez, alianças ocultas e o reaproveitamento extremo de equipamentos esquecidos em arsenais da era soviética.

por Alisson Ficher
16/05/2025
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Em meio ao conflito prolongado entre Rússia e Ucrânia, que já ultrapassa três anos, uma reviravolta histórica tem chamado a atenção: armas da Primeira e Segunda Guerra Mundial voltaram a ser utilizadas no campo de batalha.

Metralhadoras e fuzis com mais de um século de existência estão sendo empregados por soldados de ambos os lados.

O ressurgimento das armas antigas no conflito ucraniano

De acordo com a matéria realizada pelo portal ”R7”, as forças ucranianas têm adaptado armas fabricadas há mais de um século, como a metralhadora Pulemyot Maxima 1910 e o fuzil Mosin-Nagant, transformando-as em ferramentas eficazes para o combate.

Essas armas, originalmente projetadas para guerras passadas, foram modernizadas e reutilizadas devido à escassez de equipamentos militares modernos.

A Pulemyot Maxima 1910, por exemplo, foi produzida pela primeira vez sob o czar Nicolau II e é uma cópia russa do projeto de Hiram Maxim, a primeira metralhadora automática do mundo, da década de 1880.

Ela foi vista em ação em Bakhmut, uma cidade com pouco mais de 70 mil habitantes no leste da Ucrânia, operada por soldados ucranianos.

A arma é refrigerada a água e usa uma munição comum em equipamentos modernos, como a metralhadora PKM.

O fuzil Mosin-Nagant, introduzido às forças armadas em 1891, tornou-se um dos pilares do exército soviético.

Mais de 130 anos depois, ele reapareceu nas mãos das tropas russas.

Em julho de 2023, relatórios indicaram que soldados russos estavam usando Mosin-Nagants em ataques contra posições ucranianas.

Fotos divulgadas na época mostraram um combatente russo morto com a arma centenária nas mãos, o que pode evidenciar a escassez de fuzis modernos, como o Kalashnikov, em algumas unidades militares do país.

Armas estrangeiras no conflito

Além de relíquias soviéticas, armas de origens inesperadas apareceram no front.

Em março de 2025, forças ucranianas capturaram um fuzil de assalto chinês Tipo 56-1, um clone do AK-47, em uma posição russa perto de Toretsk.

Embora a China negue apoio militar direto à Rússia, o episódio também levanta suspeitas sobre rotas de suprimento alternativas, possivelmente via traficantes de armas ou intermediários norte-coreanos, segundo a United24 Media.

Outra surpresa foi a metralhadora norte-coreana Tipo 73, dos anos 1970, recuperada por ucranianos perto de Avdiivka no início deste ano.

A arma usa uma munição compatível com arsenais russos.

Especialistas apontam que essas metralhadoras, obsoletas até na Coreia do Norte, foram provavelmente fornecidas pelo Irã, em uma rota já usada para apoiar Moscou.

A submetralhadora sueca Carl Gustaf m/45, desenvolvida na década de 1940 e usada por forças norte-americanas na Guerra do Vietnã, também ressurgiu na Ucrânia.

A arma de 9 mm foi vista em 2024 nas mãos de soldados ucranianos, possivelmente fornecida por canais clandestinos.

Relíquias da Segunda Guerra Mundial

Em julho de 2023, um vídeo de Luhansk revelou reservistas russos recebendo caixas de armas da Segunda Guerra Mundial, incluindo as submetralhadoras PPSh-41 e PPS-43, a carabina SKS e até M1 Thompson norte-americanas, fornecidas à URSS durante a Segunda Guerra Mundial pelo programa Lend-Lease.

As imagens mostraram soldados desempacotando os armamentos em um depósito, algumas vezes vestidos com roupas civis.

As armas foram destinadas à linha de frente, apesar de serem obsoletas para a guerra moderna, muito marcada pelo uso de drones, segundo a United24 Media.

A PPSh-41, por exemplo, foi uma das pistola-metralhadoras mais produzidas em massa na Segunda Guerra Mundial.

Projetada por Georgy Shpagin, ela se destacou por sua alta cadência de tiro e durabilidade, sendo amplamente utilizada pelo Exército Vermelho Soviético.

Sua simplicidade de fabricação e manutenção a tornaram uma escolha popular durante a guerra.

A Crise da Escassez de Armamentos e os Riscos do Conflito Prolongado

A escassez de armamentos modernos tem sido um desafio significativo para as forças ucranianas e russas durante o conflito.

Diante da falta de suprimentos militares atualizados, ambas as partes têm recorridos a armamentos obsoletos, muitos dos quais datam da Primeira e Segunda Guerra Mundial.

O uso dessas armas antigas compromete a eficácia das operações militares, dificultando a capacidade de enfrentamento e aumentando os riscos para os soldados e para os civis.

Esse cenário tem contribuído para o prolongamento do conflito, que já se arrasta por mais de três anos.

A presença de armas de origens variadas no campo de batalha também ressalta a complexidade geopolítica da guerra, envolvendo nações como China, Irã e Coreia do Norte, cujas relações com as partes em conflito influenciam diretamente os desdobramentos no território ucraniano.

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