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Do futuro para o campo de batalha: torre com IA, sensores térmicos e canhão remoto transforma o blindado brasileiro Guarani em uma máquina de guerra inteligente

Em meio ao avanço da indústria militar brasileira, uma nova torre automatizada promete transformar as capacidades de combate do Exército, com sensores de alta precisão, controle remoto e inteligência artificial embarcada testados em uma das viaturas blindadas mais estratégicas do país.

por Alisson Ficher
16/05/2025
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O Exército Brasileiro está em um processo de modernização crescente, e uma das inovações mais recentes a ser testada é a torre de controle remoto SARC UT30BR2, que está sendo incorporada aos VCBR 6×6 Guarani, um dos principais veículos blindados do Exército.

Este avanço é um marco significativo, não apenas no aprimoramento das capacidades do Exército, mas também no cenário tecnológico e militar do país.

Nos últimos meses, a ARES, empresa responsável pelo desenvolvimento do sistema, registrou avanços importantes durante a fase de testes da nova torre.

O primeiro teste de tiro realizado com a torre integrada ao Guarani 6×6 ocorreu no Centro de Avaliação do Exército (CAEx), no Rio de Janeiro.

Acompanhados por representantes da Diretoria de Fabricação (DF) e do Arsenal de Guerra do Rio (AGR), os especialistas observaram de perto o desempenho do novo sistema, sinalizando o comprometimento com a inovação e a incorporação de novas tecnologias.

O que diferencia a SARC UT30BR2 da versão anterior?

Segundo a matéria feita pelo portal ”Zona Militar”, a nova torre SARC UT30BR2 não é uma simples atualização de seu modelo anterior, mas sim uma verdadeira revolução tecnológica.

Com melhorias eletromecânicas e optrônicas, a torre agora apresenta um nível de sofisticação muito maior.

Um dos destaques é o módulo de visão panorâmica estabilizada COAPS-L, que traz uma visão 360 graus do campo de batalha, independentemente das condições de luz.

A integração de sensores de alta definição e a utilização de inteligência artificial para análise de vídeo e reconhecimento de alvos são algumas das funcionalidades que aumentam significativamente a eficácia operacional da torre.

Isso torna o sistema mais preciso e eficiente na detecção e identificação de alvos, não só durante o dia, mas também à noite, quando a visibilidade é reduzida.

A letalidade aumentada com mísseis antitanque

Outro avanço importante é a capacidade de integração com mísseis antitanque.

Este acréscimo aumenta de forma considerável a letalidade do sistema Guarani 6×6, tornando-o capaz de enfrentar ameaças blindadas com maior eficácia.

Essa característica vai aprimorar as capacidades do Exército Brasileiro em cenários de combate mais exigentes, onde a precisão e a potência de fogo são cruciais.

Além disso, um kit AntiSARP, desenvolvido para lidar com ameaças assimétricas, como drones e munições flutuantes, está em desenvolvimento.

Esse sistema incluirá radar de 360 graus e a capacidade de neutralizar essas ameaças por meio de munições de explosão aérea programáveis.

Isso representa um passo significativo na adaptação do Exército Brasileiro às novas dinâmicas de combate, onde a presença de drones e outras ameaças de baixa tecnologia tem aumentado consideravelmente.

A importância dos testes e do acompanhamento institucional

Um dos marcos dessa evolução aconteceu em 12 de março de 2025, quando o Major-General Tales Eduardo Areco Villela, Diretor de Fabricação do Exército, esteve à frente da visita às instalações da ARES Aeroespacial e Defesa, empresa responsável pelo projeto.

Durante a visita, ele acompanhou a atualização de oito sistemas UT30BR, que estavam sendo configurados para a versão UT30BR2.

Esse acompanhamento é parte de um processo rigoroso para garantir que o novo sistema esteja apto para ser incorporado de maneira plena ao Guarani 6×6.

Após os testes realizados, o protótipo da torre foi enviado para o CAEx, onde passou por uma série de avaliações, incluindo verificações de segurança, confiabilidade e desempenho operacional.

Esse processo é fundamental para validar as capacidades do sistema, garantir que ele funcione de maneira integrada e eficiente com os veículos blindados e, por fim, assegurar que a versão final da torre seja totalmente operacional.

Conhecendo o SARC UT30BR2: a evolução da torre armada

O SARC UT30BR2 é uma torre não tripulada que armazena uma impressionante variedade de recursos e armamentos.

Equipado com o canhão automático Bushmaster II de 30×173 mm, a torre também possui uma metralhadora coaxial de 7,62×51 mm e um lançador de granadas de fumaça de 76 mm.

O canhão principal opera com um sistema elétrico de metralhadora, uma tecnologia avançada que melhora a segurança de tiro, simplifica a manutenção e elimina a necessidade de gerenciar gases de escape, aumentando a confiabilidade em condições de combate.

O design do SARC UT30BR2 foi feito para controle remoto completo.

Isso significa que, durante as operações, o operador pode controlar a torre e realizar os disparos sem precisar sair da segurança do veículo.

Isso oferece uma proteção superior para a tripulação do Guarani 6×6, que permanece protegida dentro do veículo, evitando os riscos que uma torre tripulada poderia enfrentar.

Inovações tecnológicas no SARC UT30BR2

Entre as principais inovações do SARC UT30BR2, destaca-se o módulo de mira panorâmica estabilizada COAPS-L, desenvolvido pela Elbit Systems, uma empresa israelense líder em soluções de defesa.

Este módulo traz sensores de última geração e, com o uso de inteligência artificial, consegue realizar acompanhamento de alvos, rastreamento de movimentos e aquisição de alvos em qualquer condição de luz.

Essa tecnologia de ponta permite ao Exército Brasileiro ter uma capacidade de vigilância e resposta rápida superior à maioria dos sistemas de combate convencionais.

A torre foi projetada para ser modular e compacta, facilitando a adaptação a diferentes plataformas, como tanques de batalha, veículos blindados de combate e até sistemas terrestres não tripulados.

O impacto da modernização no Exército Brasileiro

A incorporação da SARC UT30BR2 no Guarani 6×6 representa um avanço crucial na modernização do Exército Brasileiro.

Além de aumentar a potência de fogo das suas viaturas blindadas, o sistema também contribui para a redução de riscos para os soldados e melhora a eficiência operacional nas missões.

Esse tipo de inovação é essencial para garantir que o Exército Brasileiro esteja preparado para enfrentar desafios de combate modernos, cada vez mais dinâmicos e imprevisíveis.

Em um cenário global onde as ameaças assimétricas estão em ascensão, o desenvolvimento de tecnologias como a SARC UT30BR2 coloca o Brasil em um patamar elevado em termos de capacidade de defesa, permitindo que o país esteja mais preparado para lidar com novas formas de combate e proteger seu território e interesses.

 

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