O ex-capitão do BOPE e comentarista de segurança pública, Rodrigo Pimentel, revisitou uma denúncia alarmante em um recente podcast. Segundo ele, bandidos estariam realizando treinamentos intensivos em técnicas de combate, guerrilha e tiro dentro da comunidade da Maré, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada por um inquérito policial conduzido pela 21ª Delegacia de Polícia de Bonsucesso, que aponta a participação de cerca de 1000 criminosos nessa “escola de guerra”.
“Ontem, eu vi na minha rede social uma matéria sobre bandidos treinando técnicas de guerrilha numa favela do Rio de Janeiro. O inquérito policial aponta 1000 bandidos recebendo treinamento dentro da comunidade da Maré, onde as operações policiais estão proibidas pela Suprema Corte do Brasil, em função da ADPF 635”, destacou Pimentel, referindo-se à medida do STF que limita a atuação policial em comunidades cariocas. “Alguém deseja o caos no Rio de Janeiro”, concluiu.
Turismo e Economia em Colapso
Além da questão da “escola de guerra”, Pimentel também abordou como o aumento da violência urbana pode afetar o turismo e a economia do Rio de Janeiro. Ele lembrou os arrastões que ocorreram no último fim de semana em pontos turísticos icônicos, como Ipanema, Copacabana e o Túnel Rebouças.
Percepção vs. Realidade
Embora tenha reconhecido que os números de homicídios estejam em queda, com uma mínima histórica registrada em outubro de 2023, Pimentel destacou que a sensação de insegurança entre os cariocas está em alta. “Os números não mentem, mas a percepção do carioca é de que a cidade está cada vez pior. Essa sensação é algo que os números não conseguem apagar”, afirmou.
O Alerta de Pimentel
Rodrigo Pimentel encerrou seu discurso com um alerta para as autoridades. Segundo ele, a ausência de respostas do governador Cláudio Castro e do prefeito Eduardo Paes após o último fim de semana de violência é um prenúncio preocupante para o verão no Rio de Janeiro, período crítico para o turismo na cidade. “O silêncio deles é como se dissessem que não se importam com o que está acontecendo. E isso é gravíssimo.”