Enquanto o governo federal discute cortes no orçamento da Defesa, a Marinha do Brasil e as Forças Armadas da França colocaram 1.200 militares em ação – metade de cada país – em um exercício de guerra realista no litoral do Ceará. Com navios, helicópteros, tanques anfíbios e até mísseis brasileiros, a Operação “Jeanne d’Arc 2025” simulou o resgate de civis em zona de conflito. O destaque ficou por conta do míssil nacional MANSUP, transportado pelo avião KC-390 da FAB, e o Navio “Bahia”, considerado “versátil” até pelo alto comando.
Navio “Bahia”: o coringa da Marinha
O NDM “Bahia”, escolhido para a operação, foi essencial. Segundo o Almirante Cláudio Henrique Mello de Almeida, Comandante de Operações Navais:
“Esse tipo de navio tem sido uma opção para várias Marinhas do mundo. Ele pode atuar em conflitos ou em missões humanitárias.” (Fonte: Agência Marinha de Notícias)
Versátil, o “Bahia” lançou tanques anfíbios (CLAnf) e serviu como base para operações de resgate.

Míssil brasileiro em cena
Um dos grandes destaques foi o MANSUP, míssil antinavio 100% nacional, integrado ao sistema de foguetes ASTROS. Pela primeira vez, ele foi transportado pelo avião KC-390 da FAB, provando que o Brasil domina tecnologia de ponta.
“Um meio versátil que pode ser transportado por terra, mar e ar”, destacou a Marinha.
Resgate sob fumaça e ataque
A operação simulou a evacuação de civis em zona de conflito. Enquanto helicópteros UH-15 “Super Cougar” sobrevoavam a área, cortinas de fumaça escondiam o avanço dos blindados.
Equipes especiais chegaram de barcos pneumáticos para garantir a segurança antes do desembarque. No centro de controle, militares organizavam a saída dos civis com apoio de médicos, tradutores e agentes da Embaixada.

França e Brasil: parceria de guerra (e paz)
O Capitão francês Matthieu Dejour lembrou que a cooperação vai além:
“Temos o programa de submarinos em Itaguaí e agora treinamos juntos em operações anfíbias. É uma troca estratégica.”
Os franceses trouxeram seu Porta-Helicópteros “Mistral” e catamarãs capazes de carregar 80 toneladas.
A força em números
A operação reuniu:
- 600 militares brasileiros e 600 franceses.
- NDM “Bahia” (navio brasileiro multiuso).
- Porta-Helicópteros francês “Mistral”.
- Míssil MANSUP acoplado ao lançador ASTROS.
- Tanques anfíbios (CLAnf) e helicópteros UH-15 Super Cougar.
