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PROGRAMA CLASSE TAMANDARÉ, UM CONTO DO VIGÁRIO PARA “MAREAR A  GALERA”

por Sociedade Militar
07/04/2020
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PROGRAMA CLASSE TAMANDARÉ, UM CONTO DO VIGÁRIO PARA “MAREAR A  GALERA”

O programa preconiza que: a MB iniciou, em 2017, o Programa “Classe Tamandaré” com o objetivo de promover a renovação da esquadra com quatro navios modernos, de alta complexidade tecnológica, construídos no País, com previsão de entrega para o período entre 2024 e 2028; o programa  advém de uma necessidade imediata de renovação dos meios navais da Esquadra, visando incrementar a capacidade de defesa (monitoramento e proteção). Até aí tudo bem, mas, porém, contudo, todavia, entretanto, é de se perguntar, com todas as honras e sinais de respeito, o que o alto comando naval entende como sendo “uma necessidade imediata de renovação dos meios navais, com vistas a incrementar a capacidade de defesa (monitoramento e proteção). Por um acaso, estas belonaves terão capacidade de levar algum temor aos mais do que notórios “grandes bucaneiros navais”?  

O programa ressalta que serão navios com alto poder combatente, capazes de proteger a extensa área marítima brasileira, com mais de 5,7 mil km², denominada “Amazônia Azul”, realizar operações de busca e salvamento e atender compromissos internacionais, entre outras tarefas. Tudo muito bonito, porém, cabe a pergunta, na posição de sentido e com a mão na pala, o que o alto comando naval considera como “evidenciar um alto poder de combate”, capaz de produzir a proteção que se faz necessária a Amazônia Azul, nosso território marítimo, uma zona econômica exclusiva do País com uma área que corresponde a 4,5 milhões de quilômetros quadrados, equivalente à superfície da Floresta Amazônica, mais da metade da área do Brasil continental? Por um acaso, estes navios de escolta serão armados com mísseis de cruzeiro que permitam bater navios congêneres dos todo poderosos, mais do que prováveis oponentes, estes que disparam vetores de distâncias superiores a mais de 1000 km?  Sim porque não se vai ganhar uma guerra apenas com capacidade de busca e salvamento ou de atendimento a compromissos internacionais.

O programa assevera “ser um elemento fundamental e um meio indispensável, não só para o controle de áreas marítimas de interesse, evitando o acesso de meios não desejáveis pelo mar, como também para que o País atue sob a égide de organismos internacionais e em apoio à política externa, de forma compatível com a inserção do Brasil no cenário internacional. A partir daqui, começou-se a “divagar sobre o sexo dos anjos”. Com a devida vênia, como dizem os nossos supremos da magistratura jurídica, mas, a assertiva carece contraponto: o alto comando naval deve privilegiar a defesa nacional e não a projeção de poder posto que não nos interessam guerras de conquista, haja vista os recursos invejáveis do território, que são bastantes para uma nação que reconhece e valoriza, acima de tudo, a tão decantada “autodeterminação dos povos”.

O programa assegura ter como alguns de seus alicerces: a produção de navios com elevados índices de conteúdo local(nacional), incluindo a gestão do conhecimento e a consequente transferência de tecnologia; a inserção da mentalidade da gestão do ciclo de vida, criando um novo paradigma de manutenção e evolução de conhecimento para a Marinha do Brasil; e um caráter de auto sustentabilidade, que dê perenidade e consistência ao Programa Estratégico “Construção do Núcleo do Poder Naval”. Tudo na base do “me engana que eu gosto”, um respeitável “faz de conta para dourar a pílula” na medida em que procura mascarar com o supérfluo a falta de vontade, a ausência de determinação, a precariedade de consciência profissional na busca do que importa realmente, qual seja um poder de fogo definitivo que faça diferença em termos do binômio dissuasão extra regional/defesa anti acesso (o artigo comenta matéria do link chttps ://www.marinha.mil.br/programa-classe-tamandare).

Paulo Ricardo da Rocha Paiva

Coronel de infantaria e Estado-Maior

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