Depois de protestos e até ameaça de sindicalização, Militares terão aumento diferenciado em Portugal, Base terá percentual bem maior que a cúpula
Depois de protestos em praças e até ameaças de sindicalização feitas por associações de graduados e de oficiais, os oficiais generais de Portugal foram obrigados pela Ministra da Defesa a ceder às pressões das camadas mais à base da estrutura militar. Os militares chegaram a dizer que os portugueses começarão a ver os militares protestando nas ruas com frequência caso nada seja feito para corrigir as disparidades salariais. Há um grande protesto agendado para 19 de novembro.
A promessa obtida até o momento é de que, ainda antes do final do ano, os militares Portugueses passem a receber reajustes salariais entre 2% e 11%. Sendo que 2% foi estipulado para aqueles que ocupam a cúpula e 11% para quem hoje tem as graduações mais baixas.
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Os percentuais, que não agradaram à categoria, foram informados pela ministra da Defesa, Helena Carreiras, em entrevista ao jornal Público, quando disse:
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“as associações representativas dos militares em que se apresentou uma revalorização salarial que responde a aumentos que vão dos 2%, nas categorias mais elevadas, até aos 11% nas mais baixas”.
A Associação de Praças (sargentos e cabos) nega que foi chamada para negociar e alega que o reajuste prometido pela Ministra da Defesa e´ ainda insuficiente.
“Não existiu qualquer negociação com vista à revisão salarial dos militares das Forças Armadas, conforme foi afirmado pela senhora Ministra da Defesa Nacional. Convocar a Associação de Praças para uma reunião com um assunto tão delicado e importante para a categoria de Praças das Forças Armadas, como é a valorização salarial, e não nos ser facultado um documento para que pudéssemos fazer contraditório, chama-se má-fé“
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Revista Sociedade Militar