Em postagem polêmica no Facebook, o General do Exército Brasileiro, Paulo Chagas, critica a tentativa do presidente Lula de associar o movimento cívico-militar de 1964 com as desastrosas manifestações do último dia 8 de janeiro.
“De duas uma, ou ele desconhece as circunstâncias internas e externas que levaram o Brasil ao movimento cívico militar daquele ano ou, o que é mais lógico e provável, ele distorce a verdade para tentar demonizar as Forças Armadas (FA), apontando semelhanças inexistentes entre aquele e este momento da história.
De acordo com Paulo Chagas, a alta cúpula das Forças Armadas jamais seriam cooptadas por partido ou governo, embora não tenha faltado esforços de instrumentalizá-las para fins políticos.
Lembra o General a fracassada tentativa do ex-presidente Jair Bolsonaro de envolver as Forças Armadas em seu projeto político, trocando o Ministro da Defesa e os comandantes das três Forças “com a ilusão de que os novos escolhidos seriam sensíveis às suas pretensões. Nada mudou, porque as Instituições Militares conhecem o seu papel, o seu lugar e as consequências do que são capazes de fazer”, conclui.
E o General não direciona os canhões à direita somente. Acusa, em seguida, o PT e seus membros de serem maliciosos, ao tentarem colocar o povo contra as Forças Armadas baseados em uma ilusória mudança de comportamento dessas durante o governo Bolsonaro.
Achincalhar as Forças Armadas, reduzindo a sua influência perante a sociedade, seria parte de uma antiga estratégia do PT de controlá-las e assim “politizar e ideologizar a promoção de Generais e os currículos das escolas de formação.”
Por fim, o General Paulo Chagas afirma que o medo de Lula e seus camaradas é do comprometimento dos militares com a democracia e com o Brasil, “porquanto as FA continuam a ser o maior entrave posto no caminho de quaisquer intenções autoritárias ou totalitárias.”