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General brasileiro que comanda missão na África quer ampliar número de mulheres militares ´´maravilhosas´´ em todos os fronts possíveis

O Comandante brasileiro da Missão da ONU no Congo diz que participação maior de mulheres na missão ajudará muito, conforme relata de suas missões anteriores

por Nivaldo
03/05/2023
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Mulheres na MONUSCO
Mulheres na MONUSCO
O general comandante brasileiro da missão de estabilização no Congo é da opinião de que, quanto mais mulher atuando, melhor será para todos. 
O general brasileiro Otávio Rodrigues de Miranda Filho, que assumiu em 28 de fevereiro de 2023 o comando da MONUSCO (Mission de l’Organisation des Nations Unies pour la stabilisation en République démocratique du Congo) Missão da Organização das Nações Unidas na República Democrática do Congo, afirmou em recente entrevista que a ação de militares brasileiras pode inspirar forças de paz na RD (República Democrática) do Congo. 
 
A meta da MONUSCO era ter 9% de mulheres atuando em seu efetivo, mas  fora da área militar, a Monusco pretende ter 19% de mulheres implantadas em atividades de apoio à operação de paz.
 
O general diz que quer levar esse projeto adiante porque aprendeu que a participação das mulheres em todos os níveis das atividades de paz e estabilização do país é de fundamental importância, baseado nas várias missões em que já atuou em vários países na África e no Brasil.
 
Miranda Filho liderou combate a crimes em comunidades do Rio de Janeiro com apoio de mulheres e descreve como essa realidade pode ser conjugada à experiência que adquiriu em cenários de estabilização, como o do Sudão.
 
Matéria na Revista Sociedade Militar – O novo comandante diz que quer contar com essas integrantes para uma missão além de ter maior equilíbrio de gênero em suas fileiras. Há 30 anos, as Nações Unidas atuam no país africano que combate grupos armados e episódios de violência intercomunitária, principalmente no leste.
Em entrevista recente à ONU News, em Nova Iorque, o general disse que apostar no papel de mulheres é sempre gratificante e acredita que isso vai contribuir para as operações em território congolês.

“Essa é uma das políticas mais fortes da ONU: a inserção do segmento feminino nas missões de paz em um ambiente de igualdade. Eu sou um grande defensor dessa política. Na minha última função no Brasil, eu comandei uma região militar que é um grande comando logístico e administrativo no interior da Amazônia Oriental. Eu tenho cinco anos de experiência em organização militar em ambiente de selva. Ali, de um efetivo de 200 militares que trabalham diretamente no meu quartel-general, pelo menos 90 eram mulheres. Quando estive no Sudão também trabalhei no ambiente multiétnico e multicultural, com uma grande quantidade de mulheres de todas as origens.” Grifo nosso.

Para o oficial brasileiro, não se trata de ter somente um maior número de mulheres nas forças de paz, mas que elas tenham um papel de relevância complementar ao dos homens.

O general afirma que isso será benéfico para a comunidade local, aplicando novas atitudes adotadas por mulheres.

“No Brasil, eu comandei uma brigada, a 9ª. Brigada, durante o período de intervenção federal no Rio de Janeiro por causa da violência nas comunidades. Ali, também eu vi a importância do papel da mulher. Quando você lança uma patrulha dentro de uma comunidade, com dezenas de milhares de pessoas e majoritariamente composta por mulheres, essa mulher dificilmente vai falar com um militar do sexo masculino. Mas, com grande facilidade ela se abre quando é abordada por uma mulher fardada. Então, eu tinha por prática ter sempre pelo menos duas mulheres em cada patrulha, dentro das comunidades, para conversar com a população e ter um feedback sobre qual era a percepção da população a respeito daquilo que nós estávamos fazendo e de como nós estávamos sendo vistos. Eu acho que essa experiência pode ser transportada para essa nova vivência que eu vou ter na RD Congo agora, utilizando o segmento feminino.”

 
Na patrulha também

O comandante defende que vale a pena ir além, envolvendo mulheres em papéis que não se limitem a campos como enfermagem, comunicação e administração.
 
E insiste: 
“Por que não no patrulhamento? No sentido de ter um link com a população local. Eu acho que as mulheres têm um papel fundamental a ser desempenhado, não apenas nos quartéis-generais, onde ela já tem demonstrado a sua capacidade sobejamente. Eu digo sempre que em igualdade de condições, com o mesmo background, não há diferença entre o desempenho de uma mulher ou de um homem apenas quando se pensa em gênero. A diferença vai estar na capacidade individual, mas somos absolutamente iguais. Então, eu espero contar com o apoio dessas mulheres maravilhosas também ali na República Democrática do Congo, não apenas em funções administrativas nos quartéis-generais, mas também na ponta da linha colaborando com as nossas tropas desdobradas no terreno.” Grifo nosso.
Nesse ambiente de grande desafio é que só podem atuar as verdadeiras Mulheres Maravilhas, conforme bem as adjetivou o general.

O general Miranda Filho comanda cerca de 18 mil forças policiais, civis e militares no país onde atuam mais de 120 milícias e grupos armados de forma ativa nas províncias orientais. É uma missão que exige muito de todos os envolvidos.

A ONU destaca que as comunidades afetadas sofrem com ações regulares marcadas por violações e abusos generalizados, que podem ser considerados crimes contra a humanidade.

Direto da redação da Revista Sociedade Militar.

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