Em uma semana intensa para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o atual Secretário-Executivo do GSI, General de Brigada da reserva do Exército, Ivan de Sousa Corrêa Filho, publicou quatro portarias designando novas funções para militares do Exército Brasileiro e Marinha do Brasil no Gabinete.
As nomeações foram publicadas em uma edição extra do Diário Oficial da União (DOU) nesta quarta-feira, 31 de maio, e sinalizam uma movimentação significativa dentro do GSI.
A primeira das quatro portarias designa o Coronel EB Marcos Rogerio Cardoso da Silva como Assessor Militar na Coordenação-Geral de Operações de Segurança Presidencial.
A segunda portaria nomeia o Cel EB Paulo Henrique Camara da Cunha para exercer a função de Assessor Militar na Coordenação-Geral de Eventos, Viagens e Cerimonial Militar.
A terceira portaria atribui ao Cel EB Fabio dos Santos Moreno a função de Coordenador-Geral na mesma Coordenação-Geral de Eventos, Viagens e Cerimonial Militar. Finalmente, a quarta portaria designa o CMG MB Rodrigo de Mello Francesconi como Coordenador-Geral na Coordenação-Geral de Segurança de Fronteiras.
As movimentações ocorrem em um momento em que o GSI está sob os holofotes devido a recentes controvérsias.
Polêmicas recentes
A Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI) do Congresso Nacional obteve documentos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sugerindo que o ex-ministro do GSI durante a gestão Lula, General Gonçalves Dias, adulterou um relatório de inteligência. Essa informação foi dada pela jornalista Malu Gaspar do jornal O Globo.
Além disso, o GSI foi manchete recentemente por outro incidente no qual agentes de segurança do GSI e do presidente venezuelano Nicolás Maduro foram acusados de agredir jornalistas no Palácio do Itamaraty. O atual Chefe do GSI, General Amaro, mandou abrir uma sindicância para apurar e lamentou o caso.
“Será aberta uma sindicância investigativa para apuração dos fatos e, a partir dela, outros procedimentos apuratórios poderão ser instaurados”, afirmou Amaro ao UOL. “Antes de tudo, lamentamos o ocorrido”, ressaltou.