Dima assume responsabilidade pela compra equivocada! De araque, pra inglês e eleitor ver.
Um texto divulgado hoje por Mercadante, a mando de Dilma, diz que a Presidente assume a responsabilidade pelo erro na questão Passadena… Mas ele faz questão de dizer “Nos termos do resumo executivo”, então não disse nada de novo. Estão tentando enrolar quem?
Veja: "Como já foi dito pela presidente e demais membros do Conselho de Administração da Petrobrás, eles assumiram as suas responsabilidades nos termos do resumo executivo que foi apresentado pelo diretor internacional da empresa"
Ora bolas, a imprensa já divulgou fartamente sobre a fortuna que esses tais “conselheiros” da estatal recebem anualmente. Se estão ali para aconselhar é claro que não podem se basear em resumos feitos por outras pessoas. É bastante obvio pra todos nós que um resumo mal feito pode induzir a uma decisão equivocada. Se o conselheiro está ali pra isso tem que ser responsabilizado pelas decisões, e inclusive pela própria decisão de não pedir mais informações.
Nesse caso o errinho custou ao Brasil mais de 500 milhões de dólares, mais de 1 bilhão de reais.{jcomments on}
Se os conselheiros aconselham dessa maneira, baseados em textos e relatórios elaborados por outras pessoas, que obviamente podem deturpar e omitir informações seria melhor acabar logo com esse tal “conselho”.
Uma aquisição dessa monta jamais poderia ser realizada de qualquer jeito, a Presidente deveria ter solicitado subsídios exaustivamente, assim como os outros conselheiros, que aliás, deveriam ser responsabilizados criminalmente por esse prejuízo, que nunca poderá ser reparado.
Com o montante desperdiçado daria pra construir algumas dezenas de milhares de casas no valor de 50 mil reais. Mas o dinheiro foi simplesmente jogado no bolso de alguém que mora muito longe do Brasil.
A compra aprovada por Dilma foi de 50% da refinaria em 2006 por US$ 360 milhões. A cláusula Put Option obrigava a Petrobrás a adquirir a outra metade da belga Astra Oil em caso de desacordo comercial, enquanto a Marlin previa uma rentabilidade mínima à sócia devido a investimentos que seriam feitos para que a refinaria passasse a processar óleo pesado, como o produzido no Brasil.
Mas o "troço" esta crescendo essa semana sai uma nota na folha revelando que, um ano depois do fatídico negócio, a própria empresa que vendeu a refinaria pra Petrobras se ofereceu pra comprar de volta, mas a empresa brasileira não quis fechar o negócio. Interessante também é o fato do conselho da Petrobras não ter sido informado dessa oferta tão importante. Será que tem mais coisa escondida por aí?
A entrevista de Gabrielli ao Estado, publicada no domingo, contrariou Dilma por causa da cobrança feita pelo ex-presidente da Petrobras. Ontem ela acionou Mercadante por telefone e pediu que ele divulgasse o posicionamento citado acima.
Dilma parece tentar evitar que a questão cause prejuízo político ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de quem o ex-presidente da Petrobras, Gabrielli, é próximo, Dilma aproveitou mais cedo o seu programa semanal de rádio para enaltecer as gestões petistas à frente da Petrobrás.
A questão também se torna interessante na medida em que preservar o nome de Lula significa a manutenção da possibilidade de sua candidatura ainda esse ano à Presidência do país, em lugar de Dilma, que está tremendamente desgastada.
Robson A.D.S.
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