Falas relatadas pelo Presidente Lula em sua visita à China geraram respostas, criticando e desmentindo, tanto da Casa Branca quanto da União Europeia.
Lula passou 3 dias na China e nos Emirados Árabes Unidos. No domingo, antes de embarcar no Brasil, disse em discurso que EUA e Europa contribuem para continuidade da guerra: “A Europa e os Estados Unidos terminam dando a contribuição ‘pra’ continuidade dessa guerra”, disse ele. Também responsabilizou a guerra tanto a Rússia quanto a Ucrânia: “O presidente Putin não toma iniciativa de parar. O Zelensky não toma iniciativa de parar”.

Nesta segunda-feira, a Casa Branca respondeu às falas do Presidente Lula. Em seu contraponto, John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, acusou que Lula está reproduzindo a propaganda chinesa e russa. Disse que as falas de Lula foram “simplesmente mal-direcionadas”, e que foram falhas ao “falar que de alguma maneira os Estados Unidos e a Europa não estão interessados em paz, ou que compartilham a responsabilidade pela guerra”, de acordo com a BBC News. Peter Stano, porta-voz de assuntos externos da União Europeia, discorda de Lula, alegando que a Ucrânia agiu em legítima defesa.
Também disse que o Brasil reconhece que a Rússia está violando os princípios da ONU, visto que votou junto com outros 140 países para condenar a agressão russa, e pedir pelo fim e, logo, pela retirada do exército russo do território da Ucrânia.

Isso reitera as frases controversas anteriormente faladas pelo Presidente Lula, como “onde um não quer, dois não brigam”, e também “Essa guerra por tudo que eu compreendo, leio e escuto seria resolvida aqui no Brasil numa mesa tomando cerveja”, ou ainda na considerada ofensiva sugestão da Ucrânia abrir mão da Criméia em prol da paz.
A um ano o Brasil se alinhou com os EUA e outros paises assinando um repúdio a invasão da Ucrânia por parte da Rússia, mas já no dia primeiro de abril deste ano recusou-se a assinar uma declaração de repúdio liderada pelos EUA e que trazia críticas a Rússia, dando a entender uma mudança dos rumos da política internacional brasileira.
Por MRC